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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 38GÊNESE DA GRAVITAÇÃO
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O desenvolvimento desses conceitos abre-nos a porta para o estudo de outro
problema que nos aguarda, o da fase b, a
energia. Indiquemos suas primeiras formas, para depois analisar as que delas derivam por evolução.
Como o
hidrogênio é o tipo do protozoário monocelular da
química inorgânica e o carbono o da química orgânica, assim, a gravitação é a protoforça típica do
universo dinâmico. Quando g chegou,
pela primeira vez, à última fase radioativa de sua maturação evolutiva, à gênese de b (cfr. a entrada em b
da criação b, fig. 2), o
universo,
à proporção que se desintegrava como matéria, foi invadido por energia radiante. Involuindo (cfr. a
descida da linha quebrada de b a g na criação b,
fig. 2), essa energia
condensou-se, por correntes
dinâmicas centrípetas, no núcleo da nebulosa espiralóide (a qual, por representar a máxima
concentração
dinâmica, é justamente o mais quente), da qual então nasceu o vórtice da Via Láctea (cfr. fig. 2,
criação c e subida de g para
b).
Enquanto a matéria torna a percorrer seu
ciclo de maturação evolutiva,
ela está toda vibrante com essa energia em período de difusão. Quando novamente a matéria estiver
velha, a energia que dela renascer mais madura não tenderá a reenvolver-se num novo núcleo-matéria,
mas
subirá para a, entrando nos caminhos
da
vida e da consciência. A razão pela qual apareceu a vida em
vosso planeta e nos do sistema solar é justamente porque este sistema é velho, como vimos. Aqui a
matéria está em sua última maturidade, está morrendo por desagregação radioativa e a energia dirige-se
decididamente para a fase superior, b.
A primeira gênese de b, a gravitação, aparece, portanto, como
forma originária de energia, matriz da qual nascerão, como filhas, todas as outras formas, por meio de
distinção e diferenciação no processo evolutivo. Particularizemos. Entendo aqui, como gravitação, não
a
pequena gravitação de Newton, caso particular ao vosso planeta; mas uma gravitação de sentido mais
amplo, que resulta do equilíbrio das forças inversas de atração e repulsão, opostas e complementares
(lei de dualidade, que veremos agora); uma gravitação filha direta do movimento, isto é, energia
gravífica, filha da energia cinética. Eis como ocorre a transformação: o movimento, primeiro
produto da
evolução físico-dinâmica, é força centrífuga e, por isso, tende à difusão, à expansão, à desagregação
da matéria. Expansão em todas as dimensões é, com efeito, a direção da evolução. Mas, repentinamente,
essa direção inverte-se, por lei de equilíbrio, numa direção centrípeta, contra-impulso involutivo, e
as forças de expansão completam-se com as de atração. Assim, a primeira explosão cinética encontra seu
ritmo e o princípio da Lei reorganiza a desordem, tão logo ela se manifesta, para nova ordem;
equilibra-se o movimento num par de forças antagônicas. Dessa forma, a gravitação vos aparece como
energia cinética da matéria e, como nasceu antes, está tão inerente e estreitamente ligada a ela, que
não vos é possível isolá-la. Assim, a matéria atrái a matéria, e o universo, constituído de massas
lançadas em todas as direções e separadas por espaços imensos, está, não obstante, todo "ligado" numa
unidade indissolúvel. Permanece unido e, no entanto, ao mesmo tempo, move-se por uma força que provoca
seu movimento e sua respiração física. Com o surgimento, pois, da forma protodinâmica, o universo se
move pela primeira vez; são gerados os movimentos siderais; a gravitação inicia seu papel de guia (a
Lei onipotente, instantaneamente, disciplina todas as suas manifestações) de acordo com o binário
atração-repulsão, que são o binômio (+ e -, positivo e negativo)
constitutivo de toda a
força e de toda
manifestação do ser. Em nova fase, a Substância adquire a forma de consciência linear do devenir
fenomênico, a primeira dimensão do sistema trino que sucede ao espacial. Nasce o tempo. Propaga-se a
protoforma de b. Com o movimento nasce a direção, a corrente, a
vibração, o ritmo, a onda. Nasce o
tempo, que mede a velocidade de transmissão. O universo fica todo invadido por nova palpitação e mais
intenso e mais rápido devenir. Quando recondensada por concentração das correntes dinâmicas, a matéria
reinicia seu ciclo ascensional, é toda tomada por um vórtice dinâmico que a guia e a plasma na gênese
estelar, numa evolução diferente e superior à maturação íntima estequiogenética precedente; maturação
de que nascerão não apenas miríades de novas criaturas mais ágeis e ativas como a eletricidade, a luz,
o calor, o som, assim por diante, toda a série das individuações dinâmicas que se destilarão, por fim,
na criação superior da vida.
A individualidade desses novos seres "radiantes", tão
rápidos e dinâmicos diante das individuações de g, é definida pelo ritmo, pela onda. A unidade de medida das formas de b é a velocidade de vibração na dimensão desta fase, o tempo.
Eis-nos nas primeiras afirmações, novas para vosso mundo
científico. A gravitação, mais exatamente a energia gravífica, é a protoforma do universo dinâmico. Sendo
energia, é radiante: transmite-se por ondas. Tem uma velocidade própria de propagação superior à
das ondas
eletromagnéticas e à da luz (300.000 km por segundo) a qual é a máxima no sistema. Aqui são completados os
conceitos da teoria de Einstein. A gravitação é relativa à velocidade de translação dos corpos. A
massa
varia e aumenta com o crescimento da velocidade, de que é função (demonstrável experimentalmente). O peso
aumenta por novas transmissões de energia e vice-versa. O conceito de transmissão instantânea cai para
todas as forças. A gravitação leva tempo para transmitir-se, embora mínimo; como todas as formas
dinâmicas,
ela tem um típico comprimento de onda. Ela se compõe, já o dissemos, com outra qualquer unidade, de
duas
metades inversas e complementares: atração e repulsão; e move-se entre esses dois extremos: positivo e
negativo. A lei descoberta por Newton, baseada nos trabalhos de Kepler, denominada lei de atração ou
gravitação universal, diz que "a matéria atrai a matéria na razão direta das massas e na razão inversa do
quadrado das distâncias". Mas com isso, a mecânica newtoniana não pôde explicar nada da arquitetura dos
mundos. Esse enunciado não é senão a comprovação do fato de que a atração decresce em razão do quadrado da
distância. Indica o princípio que mede a difusão da energia gravífica, é apenas um aspecto do princípio
que
regula a difusão de qualquer forma de energia, e vos demonstra sua origem comum: o princípio da
onda e
de
sua transmissão esférica. As radiações conservam todas as características fundamentais de energia
cinética
de onde nasceram, essa comunhão de origem estabelece entre elas a afinidade de parentesco. Outra prova do
parentesco das formas dinâmicas está na qualidade da luz, derivação próxima por evolução da energia
gravífica. Nesta forma de energia radiante luminosa, reencontrais, em parte, as características da
originária forma de energia radiante gravífica. Einstein afirmou, com base em cálculo, tudo o que as
observações feitas durante os eclipses solares vos confirmaram posteriormente, isto é, que os raios
luminosos estelares sofrem, na vizinhança do sol, um desvio e, passando rente, são atraídos. Poder-
se-ia
dizer que a luz pesa, ou seja, a luz sofre o influxo dos impulsos atrativos e repulsivos de ordem
gravífica; existe uma pressão nas radiações luminosas. Direi mais: todas as radiações exercem, ao
propagar-
se, uma pressão de natureza gravífica, apresentam fenômenos de atração e repulsão em razão direta de sua
proximidade genética, na sucessão evolutiva, de sua protoforma dinâmica, a gravitação. Dirigi
vossas
pesquisas neste sentido, analisai por meio de cálculos estes princípios e a ciência realizará descobertas
que a revolucionarão.
Resumindo, temos: fase g, em seu desenvolvimento
estequiogenético, desde H até os corpos radioativos. Depois ingresso na fase b, por gradações, desde a
matéria envelhecida e radioativa até à energia cinética, que logo se individualiza por ondas, na
protoforma de energia gravífica. Desta nascem e desenvolvem-se todas as demais formas dinâmicas, como
veremos, numa distinção contínua (por vibração, ritmo, onda), numa ascensão evolutiva que culminará na
vida.
Mas, antes de entrar neste novo campo, é indispensável lançar um
último olhar ao aspecto conceptual ou mecânico do universo, perscrutando de mais perto o conteúdo da
grande Lei, em seus principais aspectos menores.
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