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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 35A EVOLUÇÃO DAS DIMENSÕES E A LEI DOS LIMITES DIMENSIONAIS |
Minha tarefa agora é ampliar esses princípios, que já dominais em todos os
campos, e aprofundar-lhes o significado. Uma primeira ampliação do conceito de relatividade é dada pela lei
da relatividade que abarca todos os fenômenos, com tanta força que impressiona vossa percepção e todas as
vossas concepções. Não percebeis nem concebeis sua essência, mas as mudanças das coisas: a base é o
contraste, condição indispensável. Por isso, não percebeis um movimento, se vos moveis com velocidade igual
(por exemplo, o da Terra), mas apenas as diferenças; não reparais, absolutamente que correis, com tudo o que
vos circunda na superfície da Terra, com uma velocidade de quase meio quilômetro por segundo, o que eqüivale
a cerca de 1.800 km por hora. Assim, duas forças constantemente equilibradas numa única massa, para vós não
existem. A estase e o equilíbrio não são percebidos por vós, mas somente a mudança. Nesta lei de
relatividade é que se encontra vossa fase de consciência. Aí está a razão pela qual vossa ciência é
exclusivamente, como vos disse, uma ciência de relações, de natureza totalmente diferente da minha que,
provindo de um plano superior, é ciência de substância.
Ampliei o conceito de relatividade também à psicologia e à
filosofia, ao falar-vos de verdades progressivas. Assim como o conceito evolucionista, que Darwin só viu nas
espécies orgânicas, também o conceito de relatividade, que Einstein limitou a alguns momentos matemáticos,
tem que ser completado com uma teoria de relatividade universal, que se estende a todo o universo.
Isto representa uma conquista filosófica e científica, uma concepção mais profunda, uma compreensão mais
ampla, uma harmonia e beleza superiores. Outra ampliação do conceito de relatividade pode ser feito em
profundidade: aquela que vos levará a conceitos novos; não mais apenas o da relatividade das unidades de
medida de vosso universo, mas aquele muito maior e profundo, o da evolução de suas dimensões.
Se me perguntais onde termina o espaço, eu vos respondo: num
ponto em que o "onde" se torna "quando", ou seja, em que a dimensão espaço, própria de g, transforma-se na dimensão tempo, própria de b. Quando a matéria, quimicamente envelhecida,
resfriada, solidificada, atinge a periferia do vórtice sideral, desagrega-se pela radioatividade,
transmudando-se em energia; então a substância perde sua dimensão espacial e volta ao centro como
corrente dinâmica e com dimensão temporal. Na periferia a matéria não é mais matéria, mas energia.
Como
a substância mudou de forma, deslocando seu ser de uma fase a outra, assim muda sua dimensão, que não
é
mais espaço, mas tempo. Expliquemos este conceito de dimensão e sua evolução.
Vosso conceito de um espaço e de um tempo absolutos, universais,
sempre iguais a si mesmos, corresponde a uma orientação puramente metafísica, que inconscientemente
matemáticos e físicos introduziram em suas equações. Esse ponto de partida, totalmente arbitrário, vos levou
a conclusões erradas; colocou-vos diante de fenômenos que se transformam em enigmas, perante contradições
sem saída e conflitos insanáveis; de todos os lados, cerca-vos o mistério. Na realidade, somente encontrais,
como vos disse, um tempo e um espaço relativos, cujo valor não ultrapassa o sistema a eles relativo. Mas há
mais. Eles são apenas medidas de transição, em contínua transformação evolutiva.
Esforçai-vos em acompanhar-me. Se vosso universo é finito como
vórtice sideral, o sistema de universos e o sistema de sistemas de universos é infinito. Se o espaço fosse
um infinito, não teria limites em sua qualidade de espaço, no entanto, ele os tem; não os encontrareis no
espaço, em direção espacial, mas em direção evolutiva. Deste conceito, ao qual já acenamos, chegamos agora à
novíssima concepção: os únicos limites do espaço são hiperespaciais, isto é, são no sentido do
desenvolvimento da progressão evolutiva e exatamente na dimensão sucessiva. Ou melhor: se quiserdes
um
limite para o espaço, só o encontrareis nas dimensões que o sucedem e o precedem. Pormenorizemos, ainda.
Cada universo tem uma medida de unidade própria, que consiste em
sua dimensão. Como se passa, por evolução, de uma fase para outra, como vimos na transmutação das
formas da
substância, em que os universos aparecem e desaparecem, assim, por evolução, passa-se de uma dimensão a
outra e as unidades de medida do relativo aparecem e desaparecem. Tudo o que é relativo - portanto, também a
dimensão que é sua medida - deve, como o relativo, nascer e morrer. Assim, as dimensões evoluem com
os
universos acompanhando as fases que estudamos. Do conceito de dimensão relativa, passamos ao de
progressiva.
Ora, passagem de fase significa também passagem dimensional. Do espaço ao tempo se passa por
evolução, esta
é paralela àquela que leva da fase g à fase b.
Existe, pois, uma lei a que chamaremos de "lei dos limites
dimensionais", que pode ser assim enunciada: "Os limites de uma dimensão são dados pelos limites da fase de
que ela é a unidade de medida; eles encontram-se no ponto em que, por evolução, passa-se de uma fase a
outra, isto é, onde ocorre a transformação de uma fase e de sua dimensão na fase e dimensão sucessiva".
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