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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 22 ASPECTO MECÂNICO DO UNIVERSO - FENOMENOGENIA
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A trajetória típica dos movimentos fenomênicos,
expressão
sintética do seu devenir, é a linha que já encontrais no mundo físico, no
nascimento da matéria; é a linha das formações estelares (nebulosas) e
planetárias, isto é, o vórtice, a espiral. Ela exprime a fenomenogenia e seu
estudo conduzir-vos-á a nova concepção cosmogônica. Procedamos à sua análise, começando pelos
conceitos mais elementares e caminhando com ordem, do simples ao complexo. Para
evidenciar o melhor conceito, expressá-lo-emos também com diagramas. A fig. 1 representa a lei do caminho ascensional
da evolução, em sua expressão mais simples. A abscissa horizontal indica a
progressão da unidade de tempo e a vertical a progressão dos graus de evolução.
Isto nos aparece aqui em sua nota fundamental e característica dominante de
caminho ascensional linear contínuo (OX).
Algumas definições:
Por evolução, entendo o
transformar-se da substância, desde a fase g até às fases
b,
a e além, como veremos,
e a
transformação que sofrem as formas individuais através dessas fases. Por tempo entendo, o ritmo, a
medida do transformismo fenomênico; isto é, um tempo mais amplo e universal que
o tempo no sentido restrito - medida de vosso universo físico e dinâmico - e que
desaparece no nível a; um
tempo
que existe onde haja um fenômeno e subsiste em todos os níveis possíveis do ser,
tal como um passo que assinala o caminho da eterna transmutação do todo.
Por fenômeno, entendo uma
das infinitas formas individuadas da substância, o seu devenir e a lei do seu
devenir. Por exemplo: um tipo de corpo químico, de energia, de consciência, em
seus três aspectos - estático, dinâmico e mecânico. Fenômeno é a palavra mais
ampla possível, porque compreende tudo, enquanto é e se transforma de acordo com
sua lei. Em meu conceito, ser jamais significa estase, mas eterno devenir. |
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A fig. 1 é a
expressão mais simples do curso do fenômeno no tempo, isto é, da quantidade de
sua progressão evolutiva, em relação à velocidade dessa progressão.
Esta e as expressões que a ela se seguirem têm um
significado universal. Portanto, para passar ao caso especial, é necessário
levar em conta os graus particulares de evolução, na individuação fenomênica que
examinarmos, e de sua velocidade particular de progressão. Levando isso em
conta, a linha pode aplicar-se a todos os fenômenos e as trajetórias que
assinalarmos são aplicáveis a todos eles. Entretanto, para simplificar e
salientar a evidência, tomo agora, particularmente, para exame um tipo de
fenômeno, que é o maior que conheceis, o máximo, e compreende todos os menores:
o transformar-se da substância em suas fases g, b, a. Isto com o objetivo de dar-vos uma
idéia
mais exata do processo genético do cosmos. |
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A fig. 2 exprime um conceito mais
complexo. Dissemos que na eterna respiração de w, a fase evolutiva é compensada por
uma fase equivalente involutiva, e que vosso atual caminho ascensional g®b®a tinha sido precedido
por um caminho inverso de descida: a®b ®g
. Desse modo, para que a expressão fique completa, a linha
traçada OX, deve ser precedida por uma linha oposta que, da mesma altura a torne
a descer a O. Mas, quando expus a grande equação da substância e seu aspecto
dinâmico: w = a®b®g®b..., eu disse
sumariamente que o devenir retornava sobre si mesmo. Isso porque, se o tivesse
definido com mais precisão naquele momento, teriam surgido dúvidas e
complicações, que só agora podemos resolver, quando estamos observando o aspecto
mecânico do fenômeno. |
Certamente, compreendeis que o absoluto só pode ser infinito em todas as
direções; só pode haver limites em vosso relativo; se tivéssemos que pôr limites
ao absoluto, esses limites não estariam no absoluto, mas apenas traçados pela
insuficiência de vosso órgão de julgamento: a razão; que o universo não só se
estenderá infinito em todas as direções possíveis, espaciais, temporais e
conceptuais, mas que, em determinado ponto, ele desaparecerá de vossa visão
insuficiente e se desvanecerá, para vós, no inconcebível. As fases a, b
, g, não
podem esgotar
todas as possibilidades do ser. Elas são w - o vosso universo, vosso concebível. Mas, além delas, há
outras
fases e outros universos, contíguos, comunicantes, que para vós são o nada,
porque estão além de vossas capacidades intelectivas. Essas fases estendem-se
além de a, em progressão
ascendente para um infinito positivo; abaixo de g
, em progressão descendente para um infinito de sinal
oposto.
Por isso, a fig. 2 assume um
aspecto diferente da fig. 1. Enquanto a linha do tempo se estende
horizontalmente, de um -¥
a um +¥, ilimitada em
ambas
as direções, a linha da evolução estende-se, no alto e em baixo, para +¥ e -¥
. E às fases g, b, a seguirão, no alto, as fases evolutivas
(que desconheceis): +x, +y, +z etc.; embaixo, prosseguirão as fases
involutivas (que também desconheceis) -x, -y, -z, que constituem criações
limítrofes (mas não no sentido espacial), de w. O sistema, embora de
maior amplitude e complicação que o de w, equilibra-se igualmente, mas num equilíbrio mais vasto e complexo.
Apenas como o ciclo a®b®g®b®a
não é a medida máxima do ser, assim tampouco o é este
ciclo
maior: ele é apenas uma parte de um ciclo ainda mais amplo. Pois, repito: não há
nem pode haver limite de maior ou menor, de simples e complexo; mas tudo se
estende sem princípio nem fim, nas infinitas possibilidades do infinito. Vosso
campo visual é limitado e só pode abarcar um trecho dessa trajetória maior, ao
longo da qual ocorrem as criações e se escalonam os universos. Isso, porém, não
vos faça supor imperfeição, falta de equilíbrio e ausência de ordem, pois aí
tudo se desenvolve segundo um princípio único e uma lei constante. | |