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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 18
O ÉTER, A RADIOATIVIDADE E A DESAGREGAÇÃO
DA MATÉRIA (g ®b) |
Nas duas extremidades da série,temos H e U. Esses dois
elementos individualizam as duas formas extremas da fase
g. Que outras individualizações encontramos
além dessas? A escala evidentemente "deve" estender-se além das formas que vos
mostra a evolução terrestre. Vimos que, antes de H, temos o éter, forma da qual
voltaremos a falar, intermediária entre b
e g. Vejamos agora a que formas tende a progressão evolutiva de U.
Vimos que o hidrogênio é o elemento
constitutivo dos corpos jovens: nebulosas, estrelas brancas, quentes, de
espectro extenso ao ultravioleta, como Sírio e a da Lira. O Urânio, ao invés, é
o elemento constitutivo dos corpos velhos, mais adiantados na evolução e que,
portanto, puderam produzir elementos mais densos (peso atômico maior) e mais
diferenciados. O Urânio se nos apresenta com características todas especiais. É
o elemento que tem o peso atômico mais alto (238,2) e é o último termo do último
grupo da série estequiogenética. Este grupo é, precisamente, o dos corpos
radioativos. Entre eles, considerais o Urânio como a substância-mãe do Rádio,
tanto que a quantidade de Rádio contida num mineral é dada pela quantidade de
Urânio que o compõe. Nos corpos celestes mais velhos que a Terra, agruparam-se,
por evolução, formas de peso atômico maior e de radioatividade invulgar. De
fato, a radioatividade é uma qualidade que só aparece nos elementos do último
grupo. Pois bem, sabeis que essa é uma forma de desagregação da matéria, pelo
que haveis de comprovar este estranho fenômeno: com o aumento do peso atômico,
ou seja, do grau de condensação da matéria, aumenta essa radioatividade, que na
matéria, é mais relevante exatamente em sua última forma. Então, a condensação
leva à radioatividade, isto é, à desagregação. Portanto, a matéria
(g), derivada de b por condensação, atinge um máximo de condensação
em seu processo de descida involutiva, até às formas de peso atômico máximo,
retorna sobre seu caminho, invertendo a direção na forma de ascensão evolutiva,
e tende a dissolver-se, regressando a b. A radioatividade é exatamente a propriedade de emitir radiações
especiais, em forma de calor, luz, eletricidade - ou seja, de energia. Esta, ao
contrário das leis que conheceis, não é tirada do ambiente, nem de outras formas
dinâmicas, mas é produzida constantemente e não podeis estabelecer outra fonte,
a não ser a matéria em estado de dissociação. Este fato derruba vosso dogma
científico da indestrutibilidade da matéria e revalida o da indestrutibilidade
da substância. A matéria, como matéria, apresenta fenômenos de decomposição
espontânea. Essa decomposição é acompanhada de desenvolvimento de energia.
Vedes, portanto, que a matéria, como tal é destrutível, mas não como substância,
já que essa destruição é acompanhada pelo aparecimento de formas dinâmicas,
paralelamente ao processo de desintegração radioativa. Assim fica demonstrado o
transformismo físico-dinâmico.
O estudo
de grupo dos elementos radioativos nos mostra outro fato importante, ou seja,
como ocorre a transformação de um elemento em outro. Isto é, como se verificam
os casos de evolução química, que podeis considerar como exemplos de
verdadeira e própria estequiogênese.
Se tornarmos em consideração a última
oitava dos elementos da série estequiogenética (elementos radioativos), podemos
estabelecer entre eles uma relação de filiação. Foi precisamente em vista dessa
relação genética, que pudemos estabelecer a série S7, a família do Urânio.
Sabeis que os corpos radioativos emitem três espécies de raios: a, b, g
(7). Quando um corpo radioativo perde em cada átomo uma
partícula a, tem-se, em correspondência, a perda de quatro unidades de peso
atômico. Esse elemento transforma-se em outro, que ocupa um lugar diferente na
série. A emissão de raios b,
ao invés, produz duas transformações no sentido contrário. Uma transformação
a pode ser compensada por duas
transformações b em sentido
contrário.Conheceis a lei específica dessa transformação, que é expressa pela
fórmula: (constante de transformação) = 2,085.10-6/seg.
Por meio dessa transformação realiza-se
a passagem do Urânio a Protractínio, Rádio, Radônio (emanação), Polônio (Rádio
F), Chumbo (Rádio G). Neste último elemento, a emanação dinâmica não é mais
apreciável e parece já esgotada. Cada elemento é o produto da desintegração do
elemento precedente. Estudando o andamento desse processo de desintegração
sucessiva dos termos da série, descobris que cada elemento tem um característico
tempo médio de transformação que oscila, nos vários corpos, de frações de
segundo a milhares e milhares de milhões de anos. Esse tempo médio de
transformação é sua "vida média" e cada elemento radioativo tem um
período próprio de vida média. Vossa
ciência já fala de vida de elementos químicos e define a duração desses períodos
de vida. A radioatividade, fenômeno perceptível para vós materialmente apenas
nos corpos que a apresentam destacadamente, é, não obstante, propriedade
universal da matéria. Isto significa que a matéria, toda e sempre, é susceptível
de decomposição, em maior ou menor grau, transformável em formas dinâmicas e que
a pulsação de sua evolução, a estequiogênese, jamais pára. Resumo, ainda, e fecho este capítulo.
Partindo do Hidrogênio - forma primitiva da matéria, derivada por condensação
(concentração) das formas dinâmicas, através da forma de transição, o éter -
estabelecemos uma escala, em que os elementos químicos encontraram, até o U, seu
lugar, de acordo com a própria fase de evolução. A repetição periódica das
isovalências mostrou-nos que essa evolução - ao mesmo tempo condensação
progressiva e estequiogênese - constitui um ritmo que é também expresso pelo
progredir constante dos pesos atômicos. Essas grandes pulsações rítmicas da
matéria são sete, as quais apresentei em sete séries, de acordo com as letras
S1, S2, S3, S4, S5, S6 e S7. Partindo da série S1 até S7, aparece uma mudança
alternada de fases periódicas que se sucedem à maneira de notas musicais, a
distâncias de oitavas. O conjunto da série é apenas uma oitava maior, o que
prenuncia outras oitavas que invadem as fases b e a. Vimos a
tendência que assume a matéria ao chegar a U - seu limite de máxima descida,
condensação, involução - e, ao mesmo tempo, retomada da ascensão evolutiva, o
regresso à fase b. Chegando
ao U, a matéria se desagrega. Em vosso sistema planetário a matéria é velha,
ou melhor, está envelhecendo e vos mostra todas as formas em que sua vida se
fixou e criou. A fase vivida por vosso recanto de universo é a fase b ® a, isto é, os fenômenos da vida e do espírito.
Mas se quiserdes continuar a série
evolutiva de
suas formas conhecidas, recorrei ao citado princípio de analogia e continuai a
série nas direções já iniciadas, ou seja, antes de H, com corpos de peso atômico
decrescente, e depois de U, com peso atômico e radioatividade cada vez mais
acentuadas. Conservai a relação de progressão já anotada e encontrareis, para os
elementos químicos aquém de H e além de U, um salto no peso atômico de 2 ou 4
unidades, e o mesmo retorno periódico de isovalências. Assim, o elemento que
vier depois de U terá um peso atômico 240-242, com qualidades radioativas ainda
mais fortes. Sabei que os produtos mais densos e radioativos do que U vos
escapam, porque ainda não "nasceram" em vosso planeta e que os corpos que
precederam o H já desapareceram, portanto, escapam de vossa observação. Esse
aumento de qualidades radioativas nos corpos que devem nascer depois do U,
significa para eles uma tendência cada vez mais acentuada à desagregação
espontânea, ao regresso às formas dinâmicas. Esses corpos nascem para morrer
logo e sua vida tem a função de transformar g em b. A matéria de vosso sistema
solar, com sua tendência a evoluir para formas de peso atômico cada vez maior e
mais radioatividade, produzirá uma série de elementos químicos sempre mais
complexos, densos e instáveis. Esta matéria, cada vez mais velha e diferenciada,
tende à desagregação, prepara-se para atravessar verdadeiro período de
dissolução que, aumentando progressivamente, terminará em verdadeira explosão
atômica, como observais nas dissoluções dos universos estelares. Vosso recanto
de universo se dissolverá por explosão atômica, verdadeira morte da matéria.
Isto acontecerá quando a matéria tiver esgotado sua função de apoio àquelas
formas orgânicas que sustentam vossa vida, e opera aquela fase de evolução,
vossa grande criação, ou seja, a construção, por meio de infinitas experiências,
de uma consciência, a, a substância que regressa à sua fase de espírito. Esse o
grande e verdadeiro problema de que tratarei e do qual esta é apenas singela
preparação.
À outra extremidade da
escala, aquém de H, sempre pelo mesmo princípio de analogia, encontrareis
corpos de peso atômico menor que H, de -2 e assim por diante, do grupo e
valência do Oxigênio. Prosseguindo nessa direção, encontrareis o éter, elemento
imponderável para vós, de densidade mínima, tanto que escapa, praticamente, às
leis da gravitação e não podereis aplicar-lhe conceitos de gravitação e de
compressibilidade, como não podeis fazê-lo à luz e à eletricidade. Ele escapa às
vossas leis físicas e vos desorienta com sua rigidez, tão grande que lhe permite
transmitir a luz à velocidade de 300.000 km/s. No entanto, é de tão fraca
resistência, que nada opõe ao curso dos corpos celestes. O erro consiste em
querer considerá-lo com os critérios específicos da matéria, enquanto ele é uma
forma de transição, como vos disse, entre matéria e energia.
7 - Não confundir com os
símbolos adotados neste tratado a=espírito; b=
energia; g=matéria.
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