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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 14DO ÉTER AOS CORPOS RADIOATIVOS |
Assim, muitas nebulosas, que vedes aparecer nos espaços sem um precedente
visível, nascem por condensação de
energia, a qual, após a imensa dispersão e difusão devida à contínua irradiação
de seus centros, concentra-
se, seguindo correntes, que guiam sua eterna circulação em determinados pontos
do universo. Aí, obedecendo o
impulso que lhe imposto pela grande lei do equilíbrio, instala-se, acumula-se,
retorna e se dobra sobre si
mesma, compensando e equilibrando o ciclo inverso já esgotado da difusão que a
guiara de uma coisa à outra,
para animar e mover tudo no universo. De todas as partes do universo, as
correntes trazem sempre nova
energia, o movimento torna-se cada vez mais intenso, o vórtice fecha-se em si
mesmo, o turbilhão transforma-
se em verdadeiro núcleo de atração dinâmica. Quando ele não pode suportar mais
em seu âmbito todo o ímpeto
da energia acumulada, chega um momento de máxima saturação dinâmica, a um
momento crítico, em que a
velocidade torna-se massa, estabiliza-se nos infinitos sistemas planetários
íntimos, de que nascerá o
núcleo, depois o átomo, a molécula, o cristal, o mineral, os amontoados solares,
planetários, siderais. Da
imensa tempestade nasceu a matéria. Deus criou. Vedes que, em
realidade, nenhuma das três formas a, b, g
conseguem isolar-se completamente: trazem em si sempre
traços de suas fases
precedentes. Assim, vedes que o pensamento apoia-se num suporte nervoso-cerebral
e que a matéria contém em
si e nos exprime sempre a idéia que a anima. A energia que, quer na fase de ida,
quer na de retorno, é
sempre o traço-de-união entre a e g, reveste todas as formas, tanto
que em vosso
baixo mundo, o pensamento só sabe existir com apoio da energia, e a energia
permeia toda a matéria,
agitando-a em formas infinitas, mas sobretudo naquela fundamental, mãe de todas
as outras, de energia
gravitante ou gravitação universal. O
éter, que para vós é mais uma
hipótese que um corpo bem estudado, escapa às vossas classificações, porque
quereis reconduzi-lo às formas
de matéria que conheceis, ao passo que ele é uma forma de transição entre
matéria e energia. O éter, forma
de transição entre b e
g, é por sua vez, pai do Hidrogênio. É o filho das
formas
dinâmicas puras: calor, luz, eletricidade, gravitação, e para aí regressará a
matéria por desagregação e
radioatividade. As nebulosas condensam-se na fase éter, através das fases gás,
líquido, sólido. Entre os
sólidos existem os corpos de peso atômico máximo, os mais radioativos, os mais
velhos, como disse, aqueles
que, por desagregação atômica, regressam a fase b
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