Abertura
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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 13NASCIMENTO E MORTE DA MATÉRIA -
CONCENTRAÇÃO DINÂMICA
E DESAGREGAÇÃO ATÔMICA |
Aprofundaremos, pois, o problema do nascimento e
da morte da
matéria, e,
depois (entre esses dois extremos) o da evolução de suas individuações, isto é,
o de sua vida. Pode-se definir a matéria como uma forma de
energia, isto é, um modo de ser
da substância, que nasce da energia por condensação ou concentração, e que
regressa à energia por
desagregação, por haver percorrido uma série evolutiva de formas cada vez mais
complexas e diferenciadas,
que reencontraram a unidade em reagrupamentos coletivos. A matéria
nasce, vive e morre, para renascer, reviver e tornar a morrer, tal como o homem,
eternamente, descendo de
b a g
e
voltando a b, quando o vórtice
interior, por
ter atingido
o máximo de condensação dinâmica, não mais pode suportá-la e se quebra.
Assistamos, então ao fenômeno de
desagregação da matéria, a que chamais radioatividade, própria dos corpos
velhos, com peso atômico
maior, seu máximo de condensação. Assim, o átomo representa uma quantidade
enorme, uma mina de energia
condensada, que podereis libertar, quebrando o equilíbrio interno do sistema
núcleo-eletrônico do átomo.
O significado da palavra condensação
, só poderá ser
compreendido se reduzirmos a energia à sua expressão mais simples (e isto vale
também para a substância): o
movimento. Condensação de energia é expressão demasiadamente sensória. É melhor
dizer concentração de
energia, e isso significa aceleração de movimento de velocidade. Veremos melhor
essa essência do fenômeno no
estudo do íntimo mecanismo do transformismo fenomênico. Vemos,
todavia, que toda a estrutura planetária do átomo nos fala de energia e de
velocidade. Logo que observamos,
em profundidade, o fenômeno matéria, esta se dissolve em sua aparência exterior
e se revela em sua
substância, que é energia. O conceito sensório de solidez e de concreto
desaparece diante do conceito de
elétrons que giram velocíssimos, em espaços ilimitados, proporcionalmente ao seu
volume, em redor de um
núcleo incomensuravelmente menor. Assim a matéria, tal como a concebeis
habitualmente, desvanece em vossas
mãos, deixando-vos apenas sensações produzidas por algo que é apenas energia,
que determina um movimento que
se estabiliza por sua altíssima velocidade. Eis a matéria reduzida à sua última
expressão. Da mesma forma
que o movimento é a essência da substância w,
assim também
o é de cada um de seus aspectos: a,
b, g
. A energia é velocidade,
a matéria é velocidade, velocidade é a substância idêntica das duas, é
denominador comum que nos permite a
passagem de uma à outra forma.
Coloquemos lado a lado estas duas
formas da substância, matéria e energia. Aquecendo um corpo, transmitimos
energia à matéria, isto é, à outra
modalidade de energia. Somamos energia. Calor significa aumento de velocidade
nos sistemas atômicos-
moleculares. Quando dizemos que um corpo está mais quente, isto significa que
seu movimento íntimo teve um
repentina aceleração de velocidade. Então o calor infunde na matéria, como em
todas demais formas de vida,
um ritmo mais intenso; é verdadeiro aumento de potência, um acréscimo de
individualidade que, no mundo da
matéria, se expressa com a dilatação do volume. De imensa distância, o sol
acende essa dança dos átomos e
toda a matéria do planeta lhe responde. A dança propaga-se de corpo em corpo,
tudo o que lhe está perto o
sente, participa, exulta. Os corpos condutores de energia são aqueles cujas
moléculas são mais ágeis a
realizar a corrida. E o movimento, essência do universo, vai de uma coisa à
outra, ávido de comunicar-se,
tal as ondas do mar, ávido de expandir-se. Dá-se sempre, pelo universal
princípio do amor; fecunda e se
dispersa depois de haver dado vida, para reencontrar-se, recondensar-se ao
longe, em novos vórtices de
criação. Os homens e as coisas na terra arrebatam o mais que podem tudo que
chega do sol, e o dividem entre
si. O homem transforma esse movimento em outras formas de energia (já que nada
se cria e nada se destrói,
tudo se transforma sempre): luz, som , eletricidade, quando se faz necessário.
Mas o fenômeno é irreversível
e a cada transformação há uma perda, um consumo, um desgaste, um atrito e um
esforço para suprir isso
(porque estais em fase de evolução = descentralização cinética). Mas o
fornecimento do sol renova-se
continuamente, do sol que dá o que tem e que, em formas novas, reconquistará
tudo o que dá. Isso porque o
movimento, substância do universo, é um ciclo que sempre volta e está fechado e
completo em si mesmo.
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