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A GRANDE SÍNTESE
Autor: Pietro UbaldiCapítulo 10ESTUDO DA FASE MATÉRIA (g) - A DESINTEGRAÇÃO ATÔMICA |
Vimos que a
respiração de w é: ...a®b®g®b®a... sem
limites de
espaço, sem princípio nem fim. Foi essa
imensa
respiração do universo, cujo princípio enunciamos, que agora observaremos
analiticamente,
sobretudo em sua pulsação de retorno, g®b, que vosso mundo está vivendo.
Começaremos por g, a fase matéria, de maior
condensação da
substância, a fim de atingir a fase b,
energia. Examinaremos posteriormente o período b®a
, o que mais vos interessa, pois compreende o trajeto de vossas vidas,
cujo objetivo
e meta é a reconstrução da consciência e a libertação do princípio a, o espírito. Para a,
essa suprema realidade do espírito, quero conduzir-vos, não mais pelos caminhos
da fé, mas
pelas sendas da ciência. Deus, compreendido como Espírito,
a, é o ponto de partida e de chegada do transformismo fenomênico,
é a meta do
ser. Depois das descobertas da desintegração do átomo, inexaurível fonte de
energia, e de
transformação da individualidade química pela explosão atômica, a descoberta da
realidade do
espírito é a maior descoberta "científica" que vos aguarda e revolucionará o
mundo, iniciando
uma nova era. Chegareis, disse-vos, a
produzir energia
por desintegração atômica, ou seja, a transformar matéria em energia. Conseguireis penetrar com vossa vontade na
individualidade atômica, produzindo alterações em seu sistema. Mas lembrai-vos:
o triunfo não
será apenas o de um método indutivo e experimental, nem trará somente
repercussões de ordem
material; tampouco significará só vantagens imediatas e práticas, mas será
grande problema
filosófico que resolvereis e que orientará de maneira totalmente nova vosso
espírito
científico. Até agora, a humanidade viveu num mundo de matéria. Tínheis o vosso
referencial de
imobilidade. "Terra autem in aeternum stabit, quia terra autem in aeternum
stat" ("A
terra, porém, estará parada eternamente, porque a terra está eternamente
parada"). A verdade
tinha que ser um absoluto. Com a nova civilização mundial que está por surgir, a
humanidade
viverá agora num mundo dinâmico. Vossa
nova matéria -
o ponto sólido em que baseareis vossas construções materiais e conceptuais -
será a energia.
Vosso elemento será o movimento, e sabereis encontrar nele o próprio equilíbrio
estável, que
até agora não sabíeis encontrar senão na forma menos evoluída, a matéria. No
campo do
pensamento, também a verdade será um movimento, um relativo que evolui, uma
verdade
progressiva, e não o ponto fixo e inerte do absoluto; é a trajetória do ponto
que avança, um
conceito muito mais vasto e proporcional ao novo grau de progresso que será
atingido por vosso
pensamento. Ao enfrentar o problema da
desintegração
atômica, tende presente outro fato. Ao assaltardes o íntimo equilíbrio do
sistema atômico para
alterá-lo, vós vos encontrareis diante de uma individuação da matéria fortemente
estabilizada
durante incontáveis períodos de evolução. Viveis num ponto relativamente velho
do universo e
vossa Terra representa o período g, não no
início, em sua primeira condensação, ainda próxima da energia, mas no fim, ou
seja, no
princípio de sua fase oposta, a desagregação, o regresso a
b. Estais, assim, diante da matéria que opõe o máximo da
resistência, porque
está no grau máximo de estabilidade e coesão. Os incomensuráveis períodos de
tempo que a
trouxeram à sua atual individuação atômica, representam um impulso imenso, uma
invencível
vontade de continuar existindo na forma adquirida, por um princípio universal de
inércia que,
na Lei, impõe a continuação de trajetórias iniciadas, constituindo a garantia de
estabilidade
das formas e dos fenômenos. Lembrai-vos de que estais querendo violar uma
individuação da Lei,
a qual sempre se manifesta por individuações inconfundíveis, que assumem a mais
enérgica e
decidida vontade de não deixar-se alterar. Para alcançardes êxito, não violeis a
Lei, segui-a.
Seguindo a corrente, ser-vos-á fácil o caminho. Em vossa fase de evolução, a Lei
vos abre o
caminho, através da passagem g®b, e não
de b®g. Em outras
palavras, o problema
da desintegração atômica é solúvel para vós, não nas formas mais longínquas e
menos acessíveis
da condensação das nebulosas, mas naquelas da desintegração das substâncias
radioativas. Os
raios a e os raios b
(Veja Nota 10), e todos
os fenômenos
relativos ao rádio e aos corpos radioativos, já os tendes espontaneamente
debaixo dos olhos. O
estudo que faremos da série estequiogenética vos dará um conceito mais exato de
tudo isto. Nota 10: Não confundir os raios
a e b com
as fases a e b
do Monismo Ubaldista. Os raios a
e b são
partículas emitidas pelo
núcleo de um átomo radioativo no processo de desintegração atômica. Houve aqui
uma coincidência
na nomeação de coisas diferentes.
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