A Grande Síntese

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Comentários e Observações sobre o Cap. 54 de A Grande Síntese

A TEORIA CINÉTICA DA GÊNESE DA VIDA E OS PESOS ATÔMICOS

    N esse capítulo Ubaldi desenvolve a Teoria Cinética da Gênese da Vida, demonstrando que os pesos atômicos dos elementos químicos foi o fator preponderante para o surgimento da vida no nosso planeta. Segundo essa teoria os elementos de baixo peso atômico são os mais sucetíveis de serem arrastados no ciclo da vida pelo fato de apresentarem menor resistência a penetração do raio energético, pois têm uma eletrosfera menos densa e um núcleo com menor número de prótons e neutrons. Da enciclopédia livre Wikipédia retiramos a imagem e as informações a seguir:

     A lista seguinte mostra os bioelementos presentes no ser humano, ordenados por ordem de abundância:
* Majoritarios: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio.
* Traços: ferro, zinco, cobre, flúor , bromo e selênio.
* Microtraços ( ultratraços ): iodo, manganês, vanádio, silício, arsênio, boro, níquel, cromo, molibdênio e cobalto.
Existem outros elementos sem uma essencialidade muito clara como, por exemplo, lítio, cádmio e estanho.

Bioelementos

     O Oxigênio é o elemento mais abundante na crosta terrestre
o silício representa mais da quarta parte da crosta terrestre e é o segundo elemento mais abundante perdendo apenas para o oxigênio.
O Aluminio é o 3º mais abundante do planeta, o metal puro não é encontrado
O Ferro é o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre
O cálcio é o quinto elemento mais abundante na crosta terrestre (46.000 ppm ou 4,66%),
O magnésio é o sexto elemento mais abundante na crosta terrestre (27.640 ppm ou 2,76%)
O sódio e o potássio são o sétimo e oitavo elementos mais abundantes da crosta terrestre, em peso, respectivamente. NaCl e KCl ocorrem em grande quantidade de água do mar.
O Titânio é o nono em abundância na crosta terrestre

Elementos mais abundantes

O nitrogênio é o componente principal da atmosfera terrestre ( 78,1% em volume )
O lítio é o trigêsimo quinto elemento mais abundante, em peso, e é obtido principalmente a partir de minerais do grupo dos silicatos, como o espodumênio LiAl(SiO3)2 e a lepidolita Li2Al2(SiO3)3(FOH)2.
10 elementos mais abundantes
O = 49,5 %
Si = 25,7 %
Al = 7,5 %
Fe = 4,7 %
Ca = 3,5 %

Composição do Ar quando seco e abaixo de 25 km é: Nitrogênio (N2) 78,08 %, atua como suporte dos demais componentes, de vital importância para os seres vivos, fixado no solo pela ação de bactérias e outros microrganismos, é absorvido pelas plantas, na forma de proteínas vegetais; Oxigênio (O2) 20,94 % do volume da atmosfera, sua estrutura molecular varia conforme a altitude em relação ao solo, é responsável pelos processos respiratórios dos seres vivos; Argônio 0,93 %; Dióxido de carbono (CO2) (variável) 0,035 %; Hélio (He) 0,0018 %; Ozônio (O3) 0,00006 %; Hidrogênio (H2) 0,00005 %; Criptônio (Kr) indícios; Metano (CH4) indícios; Xenônio(Xe) Indícios; Radônio (Rn) indícios. Na = 2,6 % K = 2,4% Mg = 1,9% H = 0,9% Ti = 0,6%

     Darwin ao teorizar a evolução da vida, apenas demonstrou a evolução das espécies porém, não alcançou a origem dos primeiros gérmens que são, segundo o seu ponto de vista, os fundamentos básicos de sua teoria. Como tudo no noso mundo surge pelo princípio da filiação, isto é, todo efeito tem obrigatoriamente uma causa. Ele não percebeu que a Química Orgânica derivou da Quimica Inorgânica. Isto é explicável pois no seu tempo a ciência química ainda estava nos seus primórdios. Na época não se cogitou como surgiram estes primeiros organismos (provavelmente micélas ou moléculas precussoaras das células). Ele desenvolveu a Origem das espécies a partir de um ponto que era visível à sua observação, estabelecento relações anatomicas entre as espécies semelhantes. A ciência da classificação das espécies (Taxonomia) já havia sido criada anteriormente por Lineu no século XVIII e Darwin no século XIX estabeleceu relações de parentesco entre as espécies mostrando que descendem umas das outras. Surgiu assim a chamada "Árvore da Vida" que se ramifica em reinos, filos, clases, ordens, familias, gêneros e espécies.Esta classificação mostra que todos seres vivos tem um ancestral comum, aqueles germens que referimos acima que poderiam ser simples micélas ou moléculas. Em seguida as experiências de Pasteur demonstraram que não existe geração expontânea da vida e em consequência comprovaram o princípio da filiação estabelecido por Darwin.

    Há na ciência moderna várias teorias sobre a origem da vida. Essas teorias se assemelham em muitos pontos com os conceitos deste capítulo, embora não alcancem os detalhamentos descritos por Ubaldi. Para o cientista russo Aleksandr Oparin a composição da atmosfera primitiva é semelhante a descrita por Ubaldi. Segundo Oparin os elementos químicos preponderantes na atmosfera primitiva eram: O2 ou N2; existia amônia (NH3), metano (CH4), vapor de água (H2O) e hidrogênio (H2) mostrando que os elementos simples H, C, N, O eram preponderantes na atmosfera daquela época, confirmando assim a hipótese Ubaldiana. Segundo Oparina a vida primitiva surgiu em função das descargas elétricas dos raios produzidos pelas tempestades e pelas radiações ultravioletas originadas pelo Sol. Podemos concluir então, que em relação as radiações ultravioletas - que são ondas enérgeticas de pequeno comprimento de onda - a colocação de Oparin está em oposição ao conceito Ubaldiano de que as somente as ondas longas das radiações elétricas, que por serem quase lineares, têm maior poder de penetração no orbital atômico. Desta forma, os elementos de menor peso atômico, que posuem poucos elétrons nos seus orbitais, oferecem menor resistência à ação das forças elétricas incidentes. Agora,podemos estar perguntando porque os elementos Hélio (He), Lítio (Li), Berilo (Be) e Boro (Bo) que possuem menor peso atômico que o Carbono (C), Nitrogênio (N) e o Oxigênio (O) não tiveram um papel importante na primitiva criação da vida? Creio, que a resposta é simples,o He, o Li, o Be e o B não eram encontradiços na atmosfera antiga. onde predominavam o H, o C, o N e o O.

    Exp-Miller.JPGStanley L. Miller e Harold C. Urey da Universidade de Chicago realizaram uma experiência para testar a hipótese de Oparin. A experiência de Miller consistiu basicamente em simular as condições da Terra primitiva. Para isto criou um sistema fechado, onde inseriu os principais gases atmosféricos, tais como hidrogênio, amônia, metano, além de vapor d'água. Através de descargas elétricas, e ciclos de aquecimento e condensação de água, obteve após algum tempo, diversas moléculas orgânicas (aminoácidos). Deste modo, conseguiu demonstrar experimentalmente, que nas condições primitivas da Terra, seria possível aparecerem moléculas orgânicas através de reações químicas na atmosfera. Estas moléculas orgânicas são indispensáveis para o surgimento da vida. Miller colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U. Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.(Wikipedia)

    

    

    

    

    Pedro Orlando Ribeiro
    http://www.monismo.com.br