A Grande Síntese

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Comentários e Observações sobre o Cap. 5 de A Grande Síntese

NECESSIDADE DE UMA REVELAÇÃO

    Num mundo onde se digladiam uma infinidade de pontos de vistas filosóficos e científicos é natural que ninguém enxergue a diretriz única que norteia a evolução humana. Há um telefinalismo para o processo evolucionário, mesmo que a nossa miopia mental não consiga distinguí-lo a distância. Estamos envolvidos com o imediatismo do cotidiano e, com isso, perdemos a faculdade da visão globalizante. Não vemos que todos os caminhos convergem para um ponto único - o ponto Ômega conforme Teilhard de Chardin. Assim como os pequenos regatos convergem para os rios e estes para os grandes rios que finalmente alcançam o oceano, da mesma forma os nossos destinos individuais se completam no destino maior da humanidade.

    A causa desta nossa incapacidade em ver toda esta rede de caminhos que convergem para a unificação, está na limitação de nossa mente racional que só raciocina por meio do contraste de idéias, como se as coisas existissem de per si, sem a obrigatoriedade de serem parte de um todo orgânico maior. Desta forma não conseguimos ir além das diferenças, não vemos o fundo comum que unifica o universo como um tecido de trama imbricada. Em resumo, é o velho dogma científico da separação entre sujeito e objeto. E é por oposição a isto, que o tema central de toda obra Ubaldiana nada mais é que o desenvolvimento do conceito da unidade do criado, isto é, o Monismo.

     O pensamento racional fragmentário construiu uma Ciência estruturada em compartimentos estanques; falta-lhe a unidade do conhecimento. Vimos nos capítulos anteriores que somente por evolução pessoal, através do desenvolvimento da faculdade da intuição, alcançaremos a compreensão integral. Mas, isto ainda é uma meta longínqua para a grande maioria da humanidade.

     O desenvolvimento da humanidade alcança um estágio em que se evidencia uma pulverização de princípios e a nossa atual forma mental não nos propicia uma visão de conjunto. Há, portanto, necessidade de uma revelação para redirecionar a evolução coletiva. Seria como criar uma língua comum para restabelecer o entendimento nesta torre de Babel conceitual.

     A revelação que nos vem deste livro é a mais poderosa afirmação do vosso século (....) é suficiente para criar uma nova civilização. Em outros volumes da obra este tema é desenvolvido em profundidade e é previsto o surgimento desta nova civilização no terceiro milênio.

     Se por um lado a ciência se pulverizou numa infinidade de especializações, por outro nos proporcionou ferramentas que nos tornaram capazes de ver e resolver diretamente problemas que mal eram suspeitados por nossos avós. As condições culturais do nosso tempo nos tornaram mais aptos a compreender idéias mais complexas. O terreno está pronto para a semeadura de novos conceitos de maior envergadura do que os existentes hoje e, por isso, exigem nutrientes mais poderosos que só podem ser proporcionados por uma nova revelação. Revelação que amplia e aclara os conceitos revelados há dois mil anos por Cristo conforme promete o autor: ... não é por acaso que vos chega minha palavra. Ela vem não para destruir as verdades que possuís, mas para repeti-las de forma mais persuasiva, mais evidente, mais adaptada às novas necessidades da mente humana. (....) é chegada a hora de dizer minha palavra.

    Pedro Orlando Ribeiro
    http://www.monismo.com.br