Neste
capítulo Ubaldi demonstra a equivalência entre a matéria e a energia. No fundo matéria, energia e
pensamento são substancialmente a mesma coisa: vibração. "
Dissemos em A Grande Síntese que o nosso universo é constituído por várias formas de um estado cinético da
substância. O movimento é, portanto, um denominador comum de todos os fenômenos." (P. Ubaldi - O
Sistema). No livro Problemas do
Futuro ele aprofunda esta idéia com o o conceito de encurvamento do espaço-tempo. Se tudo
que
existe é
cinético, Matéria e Energia são, portanto,
movimentos que se diferenciam apenas pelo tipo de trajetória. No átomo material a
trajetória deste
movimento é circular em torno de um centro. Na fase energia o movimento é ondulatório e sua trajetória
nos parece, a primeira vista, propagar em linha reta mas, na realidade no universo dinâmico a propagação
da
energia dá-se sob a forma de trajetórias curvas constituindo um vastíssimo circuito na amplidão do espaço,
e é pela
vastidão deste ciclo que as suas trajetórias parecem retilíneas. Compreende-se, então, que a
diferença
entre matéria e energia está no maior ou menor encurvamento da trajetória do movimento.
Esta equivalência entre matéria e energia é traduzida pela fórmula
matemática deduzida por Einstein: E=m.c2 onde m = massa, e c = velocidade da luz
(300.000 km/s). A partir desta fórmula podemos ter a noção da imensa quantidade de energia que existe
"aprisionada" em apenas 1 g de matéria. Fato este já demonstrado na prática pela explosão das bombas
atômicas.
Sendo a matéria equivalente à energia é possivel definir a
composição química de qualquer substância através do espectro de emissão de luz desta substância. O
espectro de qualquer elemento químico é absolutamente específico para esse elemento. Assim, cada elemento
quimico é individualizado por seu espectro de emissão. Quando se estimula um elemento químico por uma
chama, um arco voltáico ou outro método adequado obtém-se, usando um prisma ótico, um espectro de raias
luminosas como os das figuras abaixo
Na figura de cima temos o espectro de emissão do elemento químico Helio
(He). Na parte superior
tem-se
o espectro emitido pelo gás Helio onde aparece 7 linhas (raias) características do Helio. Na parte inferior
estas raias são mostradas ampliadas e separadamente do restante do espectro.
Na figura de baixo são mostradas as raias caracteristicas do elemento químico
Mercúrio (Hg). Os números
6234, 6157, 5790, .... são os comprimentos de onda (medidos em Angstrons) das linhas de emissão do Hg (1
Angstron = 10-10 metros). A figura abaixo é a do espectro de emissão do Hidrogênio.
Assim, o espectro de emissão de qualquer substância simples ou
composta revela a natureza cinética da matéria. A solidez da matéria é apenas aparente pois a rididez e
impenetrabilidade é resultado de movimentos velocíssimos das partículas atômicas. Estas, por sua vez, são
também vórtices menores de energia pura. É por essa razão que Ubaldi afirma: A solidez é apenas a soma
de movimentos velocíssimos.
Assim, a nossa visão do mundo é baseada nas nossas sensações que
nos fornecem um aspecto ilusório da verdadeira realidade das coisas. É por isso que Ubaldi no capítulo 29
asseverou:
O limite sensório é restrito e, diante da realidade das coisas, mantém-vos num estado que
poderia chamar-se de contínua alucinação. |
Para demonstrar a mesma natureza da matéria e da energia Ubaldi
se refere a forma esférica do átomo comparando-a com a propagação esférica das ondas de qualquer tipo de
energia, fato que mostra que a ordem natural do universo é o ciclo. A passagem da fase matéria para a
energia acontece porque o movimento de rotação das partículas atômicas não é rigorosamente circular. Sua
real natureza é espiralóide. Pode-se dizer que existe uma tendência dos elétrons dilatarem suas órbitas
até ao ponto de escaparem da atração do núcleo e se lançarem no espaço em que o movimento de rotação se transforma em movimento de translação. Esta é a gênese da energia.
Outro fato revelado neste capítulo é que o átomo não é a última unidade da matéria. As párticulas atômicas são também vórtices, isto é, são mini-átomos e estes são vórtices ainda menores e assim sucessivamente. Se conseguíssemos dividir continuanente estas párticulas menores nunca encontraríamos uma partícula sólida pois esta também seria um vórtice.
A Ciência moderna já descobriu que as párticulas atômicas prótons, néutrons e elétrons são formadas por partículas menores os quarks. Nas tabelas abaixo podemos ver os tipos de quarks ("sabores") que a ciência já descobriu e a composição dos prótons, neutrons etc.
CB ® carga bariônica CB ® carga leptônica
Outro ponto importante elucidado por Ubaldi neste capítulo é o fato de que o éter é a subtância mãe do hidrogênio como já antecipamos no capítulos 14 e 18. Dissemos no capítulo 14:
"A existência do Éter é aqui confirmada por Ubaldi, embora a ciência tenha descartado esta hipótese em virtude do fracasso para detetá-lo, no final do século XIX, através da experiência de Morley-Michelson. Morley e Michelson realizaram esta experiência baseando-se na teoria eletromagnética de Maxwell que afirmava que a luz propagava em algum meio que ele chamou de éter. Einstein influenciado pelo resultado deste experimento retirou este conceito da sua teoria da Relatividade e afirmou que a luz propagava no vácuo sem o emprego de qualquer suporte."
"No capítulo 18 Ubaldi explica que o Éter por ter densidade mínima escapa, praticamente, a lei da gravitação, assim, se explicaria o fracasso da experiência de Morley-Michelson. Posteriormente no capítulo 12 do livro Deus e Universo, escrito em 1951, Ubaldi amplia o conceito de Éter para a do espaço-dinâmico, em que se concebe o espaço não como uma extensão geométrica, mas substanciado de uma densidade própria e dotado de uma mobilidade, como um fluido."
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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