Ubaldi
inicia o capítulo demonstrando que a linguagem simbólica empregada por Moisés, para descrever a Gênese da
vida, pode
ser exatamente traduzida em termos do vocabulário da ciência evolucionista revelada pela A Grande
Síntese.
TEXTO BÍBLICO DO LIVRO A GÊNESE |
CONCEITOS DO LIVRO A GRANDE SÍNTESE |
No princípio Deus criou o céu e a terra |
Surgimento da matéria g |
... e as trevas estavam sobre a face do abismo...
E Deus disse: "Faça-se a luz. E a luz foi feita.
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Surgimento da energia b através do transforismo g®b |
... e separou as águas... e à massa de água chamou mar.
E disse: A terra germine erva verde...
E a terra produziu erva verde...
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Surgimento do psiquismo a na sua forma mais elementar: o psiquismo sensitivo das plantas resultado da
transformação evolutiva b®a |
E depois Deus disse: As águas produzam os répteis, animais e viventes, as aves
sobre a terra e na amplidão dos céus.
E Deus criou os grandes peixes e todos os animais vivos... produtos da água, segundo suas espécies...
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Surgimento do psiquismo a
na forma de instintos automáticos (que agem sem reflexão) do reino animal. Aqui
também se confirma a hipótese da ciência moderna de que a vida animal iniciou-se nos oceanos e somente
depois alcançou a terra firme. |
E disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...
E Deus criou o homem à sua semelhança...
... Formou o homem do pó da terra e soprou-lhe na face o sopro da vida e o homem foi feito alma viva.
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Surgimento do psiquismo a
na forma de consciência reflexiva (razão) própria do homem que é tríplice na sua
natureza: matéria g (pó da terra), energia
b (sopro da vida) e espírito a (alma viva)
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Essas foram as origens do céu e da terra...
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A evolução é definida, portanto, pela seqüência físio-dínamo-psiquismo:
g®b®a (Matéria ® Energia ® Espírito como vimos acima.)
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Nesse ponto é necessário recordar que antes dessa criação descrita
pela Gênese: g®b®a ocorreu o fenômeno da queda das criaturas do
Sistema para o Anti-Sistema a®b®g (fenômeno descrito nos livros Deus e
Universo e O Sistema.) Esse fato mostra que toda a criação é cíclica:
tudo retorna ao ponto de partida.
O ciclo completo do nosso universo é portanto:
w = a ® b ® g ® b ® a.
Este capítulo retoma o estudo da fase energia, iniciado
no capítulo 38. A energia surge do transformismo g®b e sua primeira manifestação é a gravitação. Antes do
nascimento da energia a matéria era exteriormente estática, e por isso o universo era silencioso e
envolto
em
permanente trevas. Pela abertura dos movimentos circulares internos da matéria
g, surgiu o movimento tipo b
que é resultado da abertura das órbitas atômicas originando as trajetórias quase
retilíneas. Na sua dispersão e posterior concentração em determinados pontos do espaço cósmico, elas se
entrelaçam com o movimento atômico da matéria restante, animando-a, isto é movimentando-a de forma a
criar os grandes blocos siderais: as galáxias e as nebulosas. No nosso mundo aparecem os aglomerados
geológicos que nada mais são do que a organização dos átomos numa variedade de substâncias compostas. Mas
todos estes aglomerados siderais ou geológicos se movem em torno de centros, isto é, têm trajetórias
circulares.
Como
vimos no capítulo 40 a energia nascente (a gravidade) guiada pelo princípio da
diferenciação se multiplica em outros tipos dinâmicos como os Raios-X, a Luz, o
Calor etc..
Sabemos que a evolução progride criando unidades maiores através
da reunificação das unidades
menores,
mas, ao mesmo tempo, reequilibrando-se, emprega a técnica da diversificação (lei da Diferenciação)
criando novas espécies a partir desta nova unidade. Assim podemos compreender que a evolução avança como
uma onda pulsante que possui dois pulsos, um, unificante, no sentido vertical e outro no sentido
transversal (horizontal) com o surgimento de novas espécies.
Desta maneira surgem novas espécies de energia derivadas da
gravitação acrescentando novos procedimentos à matéria além dos simples movimentos de translação e
rotação. Aparecem os raios gama, os raios-X, a luz, o calor, a eletricidade, o som etc. Cada uma destas
individuações da energia cumpre um papel diferente na construção de um novo organismo mais complexo
que o da matéria primordial que estava mergulhada nas silenciosas trevas de um universo imóvel. Estas
novas formas de energia prepararam o ambiente terrestre para surgimento da vida que irrompeu através do
amadurecimento evolutivo destas formas energéticas. A Eletricidade foi o fator desencadeador das formas
viventes como veremos em capítulos posteriores
É preciso ter em mente que para coordenar as diferentes
manifestações da energia existe uma lei reguladora de modo que o todo funcione de forma harmônica, sem
sobreposição de ações. Esta lei canaliza o funcionamento de cada forma energética visando um um
telefinalismo comum que é o de propriciar o aparecimento da vida e sua permanente
manuntenção.
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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