A
qui
o
autor faz uma pausa após ter percorrido um longo caminho. É uma interrupção na árida dissertação
conceitual para refazermos nossas energias, despendidas durante a caminhada, para depois retomarmos, com
novo
ânimo à
jornada. Quem chegou até aqui e olhar para trás verá que muito aprendeu sobre a grande Lei
que governa o nosso Universo e sentirá feliz por de ter conseguido chegar até este ponto e, concluirá
também, que o caminho do conhecimento é infindo mas que o cansaço da subida torna-se uma forte vontade
que o impelirá cada vez mais velozmente para frente.
Mas, para aqueles que recusam o esforço destas elevadas compreensões,
como nos afirma Ubaldi, não haverá luz no amanhã do espírito.
No nosso mundo infeliz, repleto do mal e de ignorância, as
almas se digladiam no corpo a corpo da luta cotidiana na busca da sobrevivência individual, que se torna
cada vez mais difícil devido à ampliação das necessidades materiais criadas pela complexidade da vida
moderna. Este fato leva a vinculação do nosso espírito à matéria pois mergulhamos de cabeça na
profundidade das coisas materiais e, com isso, negligenciamos o nosso crescimento espiritual que se situa
no pólo oposto ao da matéria. No livro Problemas do Futuro Ubaldi comenta: Os imóveis sábios
orientais, reclusos nos conventos do
Tibete, podem bem olhar com piedade para a
nossa vertiginosa sociedade, que em cima do edifício das suas conquistas vê apresentar-se o suicídio
atômico. E no entanto a corrida do "tempo é dinheiro", é a sua punição. A presença do nosso erro é
revelada pela nossa ansiedade. [...] O tormento e a pressa são índices de vácuo
interior, de fome de espírito, de ameaçadoras carências.
No torvelinho da nossa vida
aparece, então, freqüente e evidentemente, o momento crítico da crise espiritual em que a voz se faz
ouvir, distinta, inflamando a vida e jamais se calando. (P. Ubaldi - As Noúres) Esta VOZ
ecoa neste livro e na consciência de todos aqueles que estão prontos para ouví-la por terem alcançado um
nível de evolução onde não mais satisfazem as miragens provindas do ilusório mundo exterior. No
centro do nosso ser existe uma frustação porque nunca encontramos satisfação naquilo que o mundo
exterior nos oferece. É necessário inverter a direção do nosso olhar, dirigindo-o para o
interior de
nosso espírito, fixando-o corajosamente no âmago da nossa personalidade. É aí que se encontra a resposta
para
os nossos anseios mais íntimos. É por esta razão que este livro, A Grande Síntese, segue a
trajetória do exterior para o interior, partindo da descrição da matéria e concluindo no campo do
psiquismo,
O surgimento deste livro será considerado nos próximos
séculos como o marco divisório entre a civilização materialista e a civilização do espírito que
silenciosamente está se formando seguindo o caminho do exterior (mundo materialista) para o interior
(mundo espiritual). Gigantescas serão as conseqüências das teorias divulgadas por este
livro para a humanidade quando a consciência coletiva do mundo "acordar" e descobrir esta poderosa
ferramenta conceitual. Todos os ramos do saber humano serão reformulados e reorientados para se
harmonizarem com as diretrizes do pensamento Ubaldiano.
Finalizando, o autor nos revela que as fontes que sustentam
esta dissertação filosófica-científica não são apenas os argumentos lógicos mas também uma irresistível
paixão pelo bem, sem a qual este tratado seria letra morta. Esta paixão arde escondida nas entrelinhas
deste escrito. Quem não perceber o amor implícito nesta exposição terá gasto o seu tempo em vão.
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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