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Comentários e Observações
sobre o Cap. 22 de A Grande Síntese
ASPECTO MECÂNICO DO UNIVERSO - FENOMENOGENIA |
Ao abordar o
aspecto
mecânico do universo, Ubaldi denomina de trajetória
típica dos movimentos
fenomênicos a linha descrita por qualquer fenômeno
no seu transformismo
evolutivo. Como veremos adiante, este transformismo pode ser
representado
graficamente pelo abrir e fechar de uma espiral. Para bem
compreender os conceitos apresentados neste capítulo é
necessário ter em mente
as definições de alguns conceitos expressos no início, ou
seja, as definições de
evolução, tempo e fenômeno.
Ubaldi define
evolução como o transformismo da substância desde
a fase g até ás
fases b e a. Nos revela também que este transformismo
vai além de a, o
que significa que existem outras fases além das mencionadas:
g, b e
a. Em virtude deste transformismo da substância
divina
original, as formas
individuais (lembre-se que tudo é individuado no
universo!) se modificam
ao atravessarem essas fases.
Sobre o tempo ele nos dá a conhecer que existem dois tipos de tempo:
um tempo
restrito e um tempo universal.
Tempo universal é o
ritmo que existe
onde haja um fenômeno e subsiste em todos os níveis
evolutivos do ser como o
passo que assinala o caminho da eterna transmutação do todo.
O tempo universal
marca com seu ritmo o transformismo (involutivo-evolutivo) e
desaparecerá quando
terminar a grande marcha evolutiva, isto é, quando a fração
cindida do
Anti-Sistema for reabsorvida pelo Sistema, reconstituindo-se
em unidade no
absoluto: "A eternidade, despedaçada no tempo, se refaz
no uno imóvel,
integro, indiviso, e nela a corrida de transformismo,
lançada em busca da
perfeição, se detém diante da perfeição atingida. Então o
tempo volta a ser
imóvel, sem mais transformismo, e se faz eternidade (P.
Ubaldi - Deus e
Universo)". |
Tempo restrito
"é a medida de vosso universo físico e dinâmico que
desaparece no nível a". O tempo
restrito se refere
a uma dimensão conceitual, é uma consciência que sabe
apenas do seu progredir
no tempo universal. É uma consciência ainda primitiva que não se
eleva a
julgamentos porque ainda
não percebe a existência de outros fenômenos paralelos. Este
tipo de consciência
é propriedade das forças que têm conhecimento apenas do seu
transformismo. Na
dimensão seguinte (a, a consciência) (razão),
o tempo restrito
começa a desaparecer ao ser dominado e absorvido pela
consciência. Embora o
pensamento analítico ainda seja seqüencial no tempo, podemos
pensar em termos de
passado, presente e futuro. Como seres pertencentes a um
universo trifásico (
g, b, a) não podemos viajar fisicamente (
g
) no
tempo (b) mas
podemos dominá-lo através do pensamento (a). Nos
capítulos 35, 36 e 37
Ubaldi aprofunda estes conceitos ao abordar o tema da
Evolução das Dimensões e a
Lei dos Limites Dimensionais. |
Ubaldi define fenômeno como uma das infinitas formas
individuadas da
substância, o seu devenir e a lei do seu devenir, isto
é, fenômeno é tudo o
que se possa manifestar no espaço e no tempo, regido por uma
lei única que, no
capítulo anterior, foi chamada de matriz do transformismo
universal. Em resumo:
fenômeno é qualquer coisa vinculada a uma forma que se
modifica no tempo sob a
ação de uma lei universal. Assim, um objeto material, um
tipo de energia (ex.: a
eletricidade), um tipo de pensamento abstrato (ex.: a
matemática) são fenômenos
em seus três aspectos: estático, dinâmico e mecânico. Como
vivemos num universo
em perpétua transformação não existe a imobilidade
fenomênica, tudo está em
eterno devenir como afirma Ubaldi.
A
partir do ciclo
involutivo/evolutivo podemos traçar um gráfico cartesiano tempo X evolução que representa a progressão involutiva-evolutiva em sua
mais simples
expressão retilínea do curso do fenômeno no tempo.
Ubaldi apesar de afirmar
que a linha traçada OX, deve ser precedida por uma linha
oposta, desenhou
apenas a parte do diagrama referente ao semiciclo evolutivo,
por isso
acrescentamos o semiciclo involutivo.
OBSERVAÇÃO
IMPORTANTE: Segundo Ubaldi,
estes gráficos e os demais que os seguirão tem um
significado universal, O gráfico acima e os seguintes representam o projeto
genético do cosmo, o
caso máximo da progressão evolutiva. Para a representação
dos casos menores é
necessário adequar as coordenadas tempo e evolução
ao fenômeno em
estudo. Portanto, respeitada as proporções, a formatação do
gráfico sempre será
a mesma, variando apenas os graus particulares de evolução e
a velocidade de
progressão.
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Neste
ponto, Ubaldi amplia nossa visão sobre o Universo ao
descrever que a,b e
g são apenas as fases que estruturam o nosso
universo
concebível, além destas
fases existem outras em universos que precedem e sucedem ao
nosso. Assim a
figura 2 representa com mais precisão a linha da
evolução. As coordenadas tempo e evolução se estendem de
-¥ a +¥
Desta forma existem
fases que
desconhecemos -x, -y, -z etc. em universos que
antecedem ao nosso e,
fases +x, +y, +z etc. em universos mais evoluídos que
o nosso. O ciclo
a,b, g é apenas um ciclo menor que faz parte
de um
ciclo maior e este
de um ciclo ainda maior e assim sucessivamente até o
infinito nos dois sentidos
(-¥ e+¥
). Começa-se, deste modo,
pouco a pouco, a
delinear na nossa mente a idéia de que a linha espiral
pode
traduzir com mais precisão a trajetória típica dos
movimentos fenomênicos. É
isto o que veremos nos próximos capítulos.
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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