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Comentários e Observações
sobre o Cap. 17 de A Grande Síntese
A ESTEQUIOGÊNESE E AS
ESPÉCIES QUÍMICAS DESCONHECIDAS |
Conforme Ubaldi previu neste capítulo (escrito em 1932), a ciência já descobriu os
corpos químicos indicados pelos lugares vagos na Tabela do capítulo 16. Estes elementos são o Tecnécio (
Tc) de número atômico NA=43, o Promécio (Pm) NA=61, o Háfnio (Hf) NA=72, o Astato (At
) NA=85, o Frâncio (Fr) NA=87 e mais de uma dezenas de elementos artificiais, pós-urânicos, que
inicia no Netúnio (Np) NA=93 e vai até ao elemento de NA=110. Certamente a ciência prosseguirá
isolando novos elementos cada vez mais radioativos e mais instáveis. Estas descobertas aconteceram porque há uma unidade de príncipios
que governa o Universo, assim o princípio da Analogia revelou aos Químicos que construiram a Tabela
Periódica, que certas propriedades dos elementos se repetiam periodicamente. A partir desta constatação foi
possível isolar experimentalmente vários elementos. Foi também através do método analógico que se
determinou, a priori, a existência da maior parte dos gases nobres antes da sua confirmação pela prática
experimental. Ubaldi cita também
a previsão realizada pela ciência astronômica da existência de corpos planetários ainda desconhecidos. É o
caso dos planetas Netuno e Plutão, cujas descobertas foram frutos de cálculos matemáticos, fato que se
realizou na prática pela visualização destes planetas ao se apontar os telescópios para pontos das órbitas
previstas nas operações matemáticas. A constatação de que a conhecimento racional, pelo emprego da Lei da
Analogia, pode antecipar a observação direta, nos leva a imaginar a grandeza que este conhecimento
alacançaria se o instrumento empregado na pesquisa em vez da razão fosse a intuição. A visualização
instântanea de todas as possíveis ramificações que um determinado fenômeno pode apresentar, nos forneceria a
direção segura a ser percorrida pela pesquisa que assim não ficaria sujeita as inúmeras oscilações de
tentativas e erros. Como já
dissemos anteriormente, a intuição é um fato raríssimo de acontecer. Só alguns seres excepcionais conseguem
atingir um estágio evolutivo, onde a intuição torna-se uma qualidade estável sob o estrito controle do
psiquismo. Com a imensa maioria das pessoas o pensamento intuitivo, quando acontece, é instável e
imprevisível e foge a qualquer controle racional. Assim, é impossível, na época atual, estabelecer uma
pesquisa científica sistematizada usando o método intuitivo, pois o fenômeno é esporádico e não pode ser
provocado pela vontade do pesquisador. Destarte, só será possível substituir o método indutivo pelo dedutivo
quando a humanidade estiver biologicamente madura, isto é, mais evoluída, e consequentemente possuidora de
uma quantidade significativa de pessoas dotadas com o poder da intuição. Assim, na impossibilidade de empregar o método intuitivo, resta-nos
iluminar o caminho da pesquisa com a luz propiciada pelo Princípio da Analogia pois, em toda
escala do processo evolutivo, existe uma unidade de princípios de forma tal que qualquer lei é aplicável em
todas as alturas desde que adaptada ao seu grau evolutivo. Desse modo os conceitos que governam o mundo
material são os mesmos que dirigem o mundo moral. A diferença está apenas no aspecto assumido pelo conceito
em relação ao nível evolutivo. Assim, por exemplo o Príncípio da Indestrutibilidade da Substância, na
fase matéria (g) toma a forma de
Lei da Inércia, na fase Energia (b) se apresenta na
forma de Lei
da Conservação da Energia (1ª lei da Termodinâmica) e na fase Espírito (a) se revela como Instinto de Conservação do Indivíduo e da Espécie
expressas
respectivamente nas linguagens da fome e do amor.
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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