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Comentários e Observações
sobre o Cap. 14 de A Grande Síntese
DO ÉTER AOS CORPOS
RADIOATIVOS |
O ciclo completo da energia
compreende dois semiciclos o da concentração e o da difusão que se equilibram de modo
semelhante a oscilação de um pêndulo. Esta oscilação reproduz os dois grandes períodos da
criação: involução e evolução. Como na natureza nada se perde, esta imensa quantidade de
energia que os corpos celestes irradiam pelo infinito do espaço, é novamente reconcentrada em
pontos determinados do cosmo. Aqui, Ubaldi, prenuncia a existência dos Buracos Negros
que a ciência somente agora está teorizando.
Este acúmulo gradual de energia em pontos específicos
faz com que surjam vórtices cada vez mais velozes que ao atingir um ponto de saturação acontece
a transformação da energia em matéria. Este acontecimento é análogo ao congelamento da água,
onde acontece a mudança do estado líquido para o sólido quando a temperatura atinge zero graus.
A energia pela sua fluência é o
vinculo que liga a a
g
e vice-versa. Devido a esta vinculação é que acontece a
simultaneidade monística das três fases a,
b e g. Os exemplos citados por Ubaldi ilustram muito bem a interdependência e
simultaneidade das três fases a, b e g
na individuação fenomênica. Como já tinhamos dito anteriormente, o pensamento a só se manifesta, neste nosso universo, apoiado em b e g.
A energia b como traço de união entre a e g é, portanto,
onipresente nas interações fenomênicas. O exemplo usado por Ubaldi enfatiza a ação da energia
gravitante na matéria e, sobretudo, nos revela que ela é a mãe de todas as outras formas de
energia, fato que será detalhado no capítulo 38.
(....) nem
encontramos jamais matéria ou energia isoladas, mas sempre fundidas em conjunto como, ainda, as
suas respectivas dimensões de espaço e tempo. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro). |
A existência do Éter é aqui confirmada por Ubaldi,
embora a ciência tenha descartado esta hipótese em virtude do fracasso para detetá-lo, no final
do século XIX, através da experiência de Morley-Michelson. Morley e Michelson realizaram esta
experiência baseando-se na teoria eletromagnética de Maxwell que afirmava que a luz propagava
em algum meio que ele chamou de éter. Einstein influenciado pelo resultado deste experimento
retirou este conceito da sua teoria da Relatividade e afirmou que a luz propagava no vácuo sem
o emprego de qualquer suporte. A
afirmação de Ubaldi data de 1932 e, portanto, ele já deveria conhecer os fatos acima descritos,
pois no capítulo 34 de A Grande Síntese descreve a teoria da relatividade (Quarta
Dimensão e Relatividade). Fica, portanto, registrado aqui esta divergência de ponto de
vista sobre a existência real do Éter. No capítulo 18 Ubaldi explica que o Éter por ter
densidade mínima escapa, praticamente, a lei da gravitação, assim, se explicaria o fracasso da
experiência de Morley-Michelson. Posteriormente no capítulo 12 do livro Deus e Universo,
escrito em 1951, Ubaldi amplia o conceito de Éter para a do espaço-dinâmico, em que
se concebe o espaço não como uma extensão geométrica, mas substanciado de uma densidade própria
e dotado de uma mobilidade, como um fluido. O conceito de espaço-dinâmico poderá ser melhor
entendido se considerarmos que não há descontinuidade entre energia
b e a matéria g.
A energia no seu processo de concentração, durante seu transformismo involutivo, passa por uma
fase intermediária entre energia e matéria. Esta fase intermediária é o chamado Éter que é
basicamente constituído de núcleos sem orbitais eletrônicos. Podemos, então, imaginar que o
espaço não é um vazio, e sim uma entidade que não é nem energia e nem matéria, mas uma coisa
diferente com propriedades de ambas as fases. Desta forma podemos pensar que o universo é um
tecido contínuo sem vazios, onde os corpos celestes e o espaço formam, devido a natureza
MONÍSTICA do Universo, uma unidade monolítica contínua. Este tecido cósmico pode ser comparado,
a grosso modo, com um tecido de diferentes espessuras ao longo de sua superfície. Ou, se
pensarmos em três dimensões, o universo pode ser concebido como um sólido esférico com zonas de
diferentes densidades. Da
continuidade do transformismo entre as fases energia e matéria, através do Éter (espaço
dinâmico), surge o Hidrogênio, o primeiro elemento químico, O átomo de Hidrogênio (H) é
o mais simples porque possui apenas um próton e um életron. A partir do H se
desenvolverá uma série de elementos químicos, mais pesados, até alcançarem os corpos de alto
peso atômico, altamente radioativos. Com a radioatividade, inicia-se o processo de desagregação
da matéria que implica no fechamento do ciclo com o retorno da matéria à energia g®b (lembre-se: tudo no Universo volta ao ponto de
partida).
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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