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Comentários e Observações
sobre o Cap. 13 de A Grande Síntese
NASCIMENTO E MORTE DA MATÉRIA - CONCENTRAÇÃO DINÂMICA
E DESAGREGAÇÃO ATÔMICA |
O
tema deste capítulo será melhor compreendido se considerarmos que g
, b, a são aspectos de uma substância única w. O pano de fundo deste eterno transformismo ...a®b®g®b®a... desta substância
única é, então, o movimento. O que distingue uma fase de outra é a forma como este
movimento se comporta. No caso da matéria, g,
a trajetória deste movimento é condicionada pela forma do sistema cêntrico-giratório do átomo.
É um movimento de trajetória circular fechada. Na fase Energia (b), este movimento é ondulatório, com ciclo aberto e lançado no espaço. Considerando que o movimento
é o denominador comum das duas fases, fica muito fácil compreender que matéria e energia são
substancialmente a mesma coisa, a única diferença existente entre estas fases é o tipo de
trajetória deste movimento. Assim, ao invés de dizermos matéria ou energia,
poderíamos dizer com a mesma propriedade movimento tipo g ou movimento tipo b. Desta
forma podemos concluir que a matéria não passa de energia circulando ao redor de um centro,
isto é, a concentração de uma grande quantidade de energia em torno de um ponto. O átomo é um
movimento rotatório, fechado em si mesmo. Como informamos anteriormente, este livro foi escrito
em 1932 quando o estudo da física nuclear ainda estava nos seus primórdios e, por esse motivo,
Ubaldi demorou-se na explicação destas propriedades comuns da matéria e da energia. Hoje este
conhecimento já é de amplo domínio público, incluindo o seu emprego prático para fins
industriais, bélicos e até medicinais. É, então, desnecessário comentarmos sobre a
transformação g®b.
A transformação: b®g
se refere ao nascimento da matéria e a transformação: g®b a morte da matéria. Como a matéria tem
nascimento e morte cai por terra o conceito da indestrutibilidade da matéria. Assim, a matéria
é apenas uma aspecto transitório de um fenômeno realmente indestrutível: a eterna substância
única. O nosso Universo está
atravessando o semiciclo evolutivo: g®b®a assim, o nascimento da matéria b®g aconteceu no período inverso ao que atravessamos agora, no semiciclo involutivo que
atecedeu o atual. A nossa experiência biológica não conhece o fenômeno da condensação de
matéria partindo da energia e lhe escapa todo o processo centralizador involutivo, criador, que
está nos antípodas daquele evolutivo, expansionista, que hoje se percorre. A vida, vinda
depois, encontrou o espaço já formado e centralizado na matéria.(P. Ubaldi - Problemas do
Futuro) A ciência moderna já começa a visualizar este tema nas teorias do Big Bang
(período expansionista) e do Big Crunch (período de contração). Pelo fato de estarmos vivendo a pulsação g®b foi possível a liberação de energia pela
desintegração do átomo. Mas, em contrapartida, pouco se sabe sobre a transformação inversa:
b®g. isto é, a obtenção de matéria por
concentração de energia. Se a matéria é radiação congelada e, hoje, a ponte se abriu pela
libertação daquela radiação, é bem lógico que amanhã, se possa abrir a ponte que, em direção
oposta, leva, com o aprisionamento da energia, à síntese da matéria. (P. Ubaldi - Problemas do
Futuro) A descrição que
Ubaldi faz da interação entre matéria e energia, exemplificada no caso do aquecimento de um
corpo, hoje em dia são conceitos tão conhecidos que dispensa qualquer comentário adicional.
Mas, ele nos chama a atenção para o fato de que há uma perda de uma parte para cada
transformação de um tipo de energia em outro, pela dispersão cinética, mas, o caráter cíclico
do movimento é universal e, por isso, esta energia dispersa sempre volta ao sol, sob formas
novas, para fechar o seu ciclo.
Pedro
Orlando Ribeiro http://www.monismo.com.br
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