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O PERÍODO INVOLUTIVO

Pergunta:

Prezado amigo,

Há uma coisa que eu não consigo entender direito nesse processo de evolução X involução. É que eu penso que quando passamos por uma experiência na vida que nos oferece um aprendizado, isso fica incorporado no nosso espírito, e nunca mais se perde, então como é que se poderia andar para trás no processo evolutivo?

Será que isso que você chama de "involução" não seria o processo de "respiração cósmica" onde existem os movimentos de inspirar e espirar. E quando estamos no momento da inspiração é quando o espírito recolhe todas as experiências e aprendizado que passou, e faz uma síntese para começar de novo um processo de espirar, passar novamente por outras experiências para galgar um degrau a mais no processo evolutivo, mas nunca descer um degrau.

Resposta:

Prezada Nadya,

Realmente parece estranho que haja um recuo no nosso progresso tão duramente conquistado, após o domínio de novos aprendizados que se incorporam ao nosso subconsciente na forma de instintos; estes novos instintos se sobrepõem aos antigos que lhes são semelhantes. Como foram forjados a “ferro e fogo” são inamovíveis. Estas novas experiências – produtos da nossa vivência – são na realidade uma evolução ou involução dos velhos instintos da mesma espécie dos novos. Desta forma, podemos evoluir ou involuir de conformidade com nossas ações vivenciais.

Em cada vida evoluímos ou involuímos de forma pontual. A evolução completa só é alcançada após milhares de reencarnações. Adquirimos, por conseguinte, qualidades específicas, positivas ou negativas, em cada encarnação. Quando o ciclo evolutivo-involutivo entra numa fase involutiva, as capacidades obtidas não são perdidas. O recuo se dá no sentido de consolidar - sobre alicerces mais sólidos - as conquistas realizadas na fase evolutiva. Para aqueles que trilharam o caminho do mal é uma nova oportunidade para retificar seus erros através da Dor. No capítulo 26 do livro A Grande Síntese, Ubaldi observa:

Cada fase, antes de estabilizar-se em definitiva assimilação ao sistema, é percorrida três vezes, progredindo, e depois duas vezes, regredindo; isto significa ser vivida cinco vezes, em direções opostas. A razão desse retorno cíclico de duas fases involutivas sobre três evolutivas, é exigida pelo fato de que o voltar a existir, três vezes repetidas, no nível de cada fase, é a primeira condição para a sua assimilação profunda no ser que em si mesmo a fixa. Trata-se de uma vida tríplice, em três posições diferentes, que o ser tem de viver em cada degrau, a fim de poder dominá-lo definitivamente. Nas duas fases de regresso, o passado volta, o ser resume, relembra e revive. Assim, o que é novo fundamenta-se em bases novamente consolidadas.

Portanto, a etapa involutiva funciona como uma mola comprimida que proporciona um salto maior em direção evolutiva.

Abraços,
Pedro Orlando Ribeiro
http://www.monismo.com.br

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