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Movimento no Sistema AbsolutoPedro Orlando Ribeiro |
Mensagem OriginalPrezado amigo: Novamente venho através deste e-mail solicitar maiores esclarecimentos sobre os assuntos abaixo: - Aprendemos com Ubaldi que o movimento é uma constante tanto no sistema como no anti-sistema. Ou seja, deduzimos que mesmo no sistema, tudo é movimento. Nada está parado, inerte! Se assim é, como conciliar com outro princípio que afirma ser a Divindade imutável? Ora, se existe movimento, e movimento implica em mudança, como entender a imutabilidade divina? Se Deus movimenta-se, qual será o objetivo deste movimento uma vez que tudo já está perfeito como se encontra? - Jesus afirmou que precisaria ir para que o Pai enviasse o Consolador. Segundo Ubaldi, em que consiste tal Consolador? Em que consiste também a segunda vinda de Cristo? Como entender: Eis que estou convosco até a consumação dos séculos? Desde já agradeço sua preciosa colaboração. RespostaPrezado amigo, Em primeiro lugar devemos considerar o que seja movimento no Anti-Sistema e movimento no Sistema. Sabemos que no Anti-Sistema existe um movimento transformista, isto é, todos os seres deste Universo decaído estão sujeitos a um movimento transformista que ora tem a direção evolutiva e ora a direção involutiva. É o chamado ciclo involutivo-evolutivo. A cada momento tudo que existe se transforma, oscilando entre duas posições antagônicas. Em outras palavras tudo no Universo se equilibra num movimento construtivo-destrutivo. Em certos tipos de fenômenos é fácil enxergar esta oscilação entre posições opostas como por exemplo no do ciclo climático, na alternância entre o dia e a noite, etc. Mesmo na Biologia podemos ver esta alternância em vários ciclos fisiológicos: sono e vigília, circulação sanguínea arterial e venosa, inspiração e expiração no fenômeno da respiração, sístole e diástole no ciclo cardíaco, etc. Assim, todos os fenômenos que acontecem neste Universo decaído (Anti-Sistema), sejam eles de natureza material, energética ou psíquica estão sujeitos a esta oscilação dualística entre duas situações antagônicas. Ora, sabemos que para completar um processo oscilatório é necessário que eles aconteçam em momentos diferentes, isto é, são seqüenciais, não havendo, portanto superposição de fases no tempo. Desta forma fica claro que o Anti-Sistema é regido pela dimensão TEMPO. Podemos concluir, então, que o movimento no Anti-Sistema é ciclíco e temporal. Sabemos que o Anti-Sistema é um emborcamento e contrafação do Sistema, assim, por simetria reversa podemos tentar compreender a natureza do Sistema, ainda que de forma vaga e incipiente pois a nossa mente é prisioneira das dimensões espaço-temporais. Desta forma, podemos imaginar que no Sistema não existe a dimensão tempo e como conseqüência os fenômenos que lá acontecem são atemporais e, portanto, o movimento no Sistema não é cíclico e nem dualístico. É por essa razão que a ciência Teológica afirma que "Deus É" e nunca que foi ou será. O movimento que acontece no Sistema é, por conseguinte, diferente do movimento transformista do Anti-Sistema. É um movimento onde não há transformações pois tudo é perfeito e o que é perfeito por natureza não precisa evoluir e, em conseqüência, está fora das sufocantes dimensões espaço-temporais do nosso Universo. Como Deus é o TODO, isto é, está presente no Sistema e no Anti- Sistema, Ele não se divide em um Deus Transcendente e em um Deus Imanente. Imanência e Transcendência são apenas aspectos que a Divindade assume perante a um olhar pertencente ao Anti-Sistema. Sendo Ele absolutamente perfeito e infinito nos Seus atributos está além da compreensão de uma mente limitada pelas claustrofóbicas dimensões espaço, tempo e consciência do nosso Universo. A seguinte passagem escrita por Ubaldi confirma o que dissemos acima: O absoluto não fica cindido pelo tempo que passa, mas simplesmente "é", sem tornar-se, livre da concatenação: ... causa-efeito, efeito-causa... Então, ele é totalmente concomitante, todo presente, todo visível. Nossa divisão entre passado, presente e futuro é apenas uma posição relativa a nós, dada pelo transformismo, condição necessária da evolução, que é a nossa lei. (P. Ubaldi - Profecias). Quanto a segunda indagação creio que não se trata de uma nova reencarnação de Cristo no nosso mundo e o significado da sua volta deve ter outro significado do que o seu retorno a um corpo físico material. É preciso compreendermos que Cristo através da Paixão descrita nos textos bíblicos escapou deste mundo decaído e retornou ao Sistema unificando-se com a essência Divina, tornando-se um ser angelical de tamanha envergadura que seria impossível tomar um imperfeitíssimo corpo físico como sua morada. Seria como colocar um oceano dentro de uma gota d'água, Devido a sua imensa potência espiritual Ele sempre esteve e ainda está presente espiritualmente em tudo que existe nesse nosso mundo. Na verdade, o seu "regresso" seria a redescoberta da sua permanente presença espiritual entre nós. É a nossa cegueira espiritual que nos impede de "ver" aquilo que já habita no íntimo do nosso ser. A Nova Civilização do Terceiro Milênio preconizada por Ubaldi não será um mundo futurista descrito pelos livros de ficção científica. Ela será na sua essência a descoberta do Cristo que habita em todos nós e com isso surgirá um novo mundo em que a ênfase desda nova civilização será a fraternidade entre todos os homens e todos os povos. Dessa forma as descobertas que mudarão o mundo virão da alma interior de cada um e não das vazias e espetaculosas descobertas da ciência material. É preciso mudar a nós mesmos para que o mundo mude. Essa, portanto, será o real retorno de Cristo ao nosso mundo. abraços,
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