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Egrégora

A Lei das Unidades Coletivas enunciada por Ubaldi atua também no campo psíquico-emocional. Segundo as doutrinas esotérico-ocultistas, é o que se denomina de EGRÉGORA.

Egrégora
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Egrégora, ou egrégoro para outros, (do grego egrêgorein, Velar, vigiar), é como se denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma assembléia.

Segundo as doutrinas que aceitam a existência de egrégoros, estes estão presentes em todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembléias religiosas, gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.

Assim, todos os agrupamentos humanos possuem seus egrégoros característicos: as empresas, clubes, igrejas, famílias, partidos etc., onde as energias dos indivíduos se unem formando uma entidade (espírito) autônomo e mais poderoso (o egrégoro), capaz de realizar no mundo visível as suas aspirações transmitidas ao mundo invisível pela coletividade geradora. Em miúdos, um egrégoro participa ativamente de qualquer meio, físico ou abstrato.

Quando a energia é deliberadamente gerada, ela forma um padrão, ou seja, tem a tendência de se manter como está e de influenciar o meio ao seu redor. No mais, os egrégoros são esferas (concentrações) de energia comum. Quando várias pessoas tem um mesmo objetivo comum, sua energia se agrupa e se "arranja" num egrégoro. Esse é um conceito místico-filosófico com vínculos muito próximos à teoria das formas-pensamento, onde todo pensamento e energia gerada têm existência, podendo circular livremente pelo cosmo.

Podemos exemplificar o egrégoro analisando um hospital. O principal objetivo dos que ali estão é promover a cura (independente de um êxito ou não) ou serem curados; portanto, um hospital carrega consigo um "egrégoro" que busca a cura. Aonde está esse egrégoro? No chão, nas paredes, no nome, recebendo e influenciando o espírito dos freqüentadores do hospital, dos funcionários, dos pacientes e visitantes. Muitas mentes voltadas para um único objetivo, eis a concentração de energia!

Da mesma maneira, uma missa, um encontro de algumas pessoas (ou muitas) voltadas para promover um mesmo fim (a cura de alguém, o fim de um problema e a superação de uma perda) tem um grande poder de formação de egrégoros.

Ubaldi comenta estes fenômenos no livro As Noúres. Veja abaixo algumas passagens do livro:

As qualidades de ressonância espiritual deveriam merecer cuidado, como de fundamental importância, se se deseja que o templo satisfaça sua função de elevar as almas. Há igrejas espiritualmente mudas e, do ponto de vista da vibração psíquica, surdas e desarmônicas; e outras que, apesar de humildes e despidas de adornos, têm suas paredes saturadas das vibrações de fé que, durante séculos, as gerações entre elas geraram e projetaram. Minha audição psíquica sente, imediatamente, essas ressonâncias e minha alma responde a essas emanações que as antigas paredes me restituem, que a alma das gerações que junto delas, durante séculos, oraram, nelas infundiram E nesses ambientes consigo muitíssimo bem minha sintonização mediúnica. Um dia a ciência registrará essas absorções vibratórias, essas emanações de estados de ânimo, essas correntes noúricas que as paredes podem restituir e de que alguns ambientes se acham saturados. Então, uma restauração artística mais consciente evitará, embora conforme os critérios do olhar e do estilo, certas demolições irreparáveis, que destruam a atmosfera psíquica dos séculos, que pode ser vivíssima, inclusive em ambiente estilisticamente destoante. Essa atmosfera é a flor mais delicada da fé, a mais evanescente, a beleza mais sutil de um templo, seu maior valor espiritual.

Em lugar algum a sinfonia é tão cacofônica como nas grandes cidades modernas. Aqui, de perto ou longe, não pode ajudar-me senão o círculo de simpatias que, à semelhança do mediúnico, estreita em torno de mim o anel da compreensão. No campo, a beleza da natureza representa uma harmonia imensa e espontânea, que guia à sensação direta do pensamento de Deus. Que ambiente mais harmônico que o da natureza, que em tudo está sintonizado com o pensamento divino? Que convite mais doce e poderoso que a vibração em que se organiza o universo? Quando do íntimo dos seres e das coisas se eleva semelhante emanação, a sintonização é fácil. Nas cidades tudo isso é desviado por mil barreiras e a atmosfera espiritual que se desprende das massas humanas é baixa e suja, nela dominando sentimentos de violência, avidez, egoísmo, depressão sempre desagregantes, que roubam energia e impedem o fenômeno. A psique do sensitivo é, ai, mais intensamente prejudicada, porque se trata de vibrações de tipo humano, mais próximas, por sua natureza, do sujeito, e assim mais tendentes a uma interferência que as outras dissonâncias da natureza, evolutivamente mais distantes e que são, de resto, absorvidas pela potência da ordem universal. Nas cidades, a presença de grosseiríssimas ondas-pensamento é imediata, invasiva; é um assalto de vibrações ofensivas, de caráter ínfimo, equivalentes, quanto aos efeitos da registração, aos distúrbios, aos ruídos parasitas e às distorções da audição radiofônica.

Não posso escrever em qualquer lugar. Num ambiente de desmazelo, desordenado, desarmônico, não asseado, novo para mim, não impregnado de minhas longas pausas do meu estado de ânimo dominante, não harmonizado com a cor psíquica de minha personalidade, não posso escrever senão mal e com esforço. Eis-me, ao contrário, em meu pequeno gabinete, ambiente de paz, onde os objetos expressam minha própria pessoa, onde a atmosfera é ressonante de minhas vibrações e tudo, por comunhão de vida, está sintonizado com meu temperamento. Por aí me deter, longamente, para pensar e escrever, saturei as paredes, a mobília, os objetos, de um particular tipo de vibração, que agora a mim retorna como uma música que harmoniza o meu pensamento. No cap. IX de seu livro "ASCENSÕES HUMANAS", quando trata do problema da "Comunhão Espiritual", o Prof. Ubaldi refere-se mais amplamente ao mesmo assunto, citando como exemplo a igreja de S. Damião, em Assis, que embora paupérrima, materialmente, é "riquíssima de sonoridade e ressonâncias espirituais".

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