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Pedro Orlando Ribeiro

    Prezada Rita,

    O autor deste artigo pendeu para o exagero ao afirmar que o físico J. Mageijo atirou a teoria da Relatividade num buraco negro. A teoria da relatividade de Einstein foi um marco revolucionário na Física moderna. Esta teoria aborda temas muito mais amplos do que apenas o relativo a velocidade da Luz. Existe pontos indiscutíveis tais como a não simultanedade de um acontecimento (relatividade da dimensão tempo) para dois observadores situados em referenciais diferentes em movimento um em relação ao outro. Também é evidente para a ciência de hoje que todos corpos animados por uma velocidade próxima a da luz contraem-se na direção do seu movimento.. etc.

    Muita gente pretende revogar os conceitos Einstenianos afirmando que Einstein revogou a teoria Newtoniana do tempo absoluto. Ora, Einstein não revogou coisa alguma, ele apenas ampliou os conceitos da física clássica para velocidades próximas a da Luz. Tanto é verdade que ninguém na vida prática deixa de lado os postulados de Newton. Por exemplo, ao construir uma casa ou montar um automóvel ou fazer qualquer outra coisa nenhuma pessoa leva em consideração os conceitos da teoria da Relatividade. O que demonstra que a verdade é relativa ao ponto de vista evolutivo do olhar de cada um. Assim, também, a teoria desenvolvida por Einstein permanecerá verdadeira mesmo que surja outra mais abrangente que a amplie e a complemente. Creio que ao abordarmos qualquer tema, seja ele material, energético ou conceitual, devemos ter em mente que tudo está em evolução. Este sim é o conceito básico do Universo. A evolução não destrói propriamente as coisas para construir o novo, ela as usam como alicerces para construir mais um andar acima do anterior. A grandeza de Einstein permanecerá imorredoura não pela afirmação de que a velocidade da Luz é a maior do Sistema mas sobretudo por ter introduzido o conceito de RELATIVIDADE na Ciência. Quando se fala em relatividade significa que tudo pode mudar pois nada é absoluto assim, de maneira indireta conclui-se que tudo evolui porque tudo é relativo. Desta forma ao lermos qualquer texto devemos ter impresso em nossa mente com letras garrafais; TUDO É EVOLUÇÃO, EVOLUÇÃO, EVOLUÇÃO....

taquions

    Na teoria da Relatividade de Einstein, a velocidade de propagação da Luz (300.000 Km/s) é considerada como o limite superior de toda velocidade. Ubaldi, neste capítulo escrito em 1932, nos revela que as ondas gravitacionais têm velocidade superior à da Luz. É uma afirmação surpreendente porque naquela época a ciência não admitia que existisse velocidade superior a da Luz e nem que a gravitação se propagasse em forma de ondas. Hoje, embora ainda não detectadas, existe uma rede internacional de detectores de ondas gravitacionais. A discussão sobre objetos superluminais (mais velozes que a luz) iniciou-se na década de 60 quando foi proposta a existência dos táquions. Os táquions seriam partículas cuja velocidade é superior à velocidade da luz e apresentam uma característica diferente das partículas comuns: quanto maior for sua velocidade, menor será sua energia.

     Estou anexando a esta mensagem dois Comentários que escrevi sobre os capítulos 34 e 35 de A Grande Síntese que trata da Evolução das dimensões e da Relatividade, Nestes artigos você verá com Ubaldi estava muito além do seu tempo e a ainda continua quilômetros a frente da ciência do nossos tempo e que os conceitos desenvolvidos por Einstein foram um gigantesco avanço para a Ciência. .

    A diferença entre a ciência contemporânea e a filosofia Ubaldiana está no fato de que a ciência tem como um dogma absoluto a separação entre o observador e a coisa observada, já Ubaldi afirma que o Universo é um Todo orgânico unitário que se reduz a um monismo universal que abarca tudo o que existe. Sob uma visão monista é, pois, um absurdo tentar isolar um determinado aspecto da substância, para evitar sua interação com outro aspecto dessa mesma substância, já que estes aspectos fazem parte de um organismo único e indivisível. Assim se vê com clareza, numa visão cosmológica, a impossibilidade de separar o observador da coisa observada. Enquanto a visão unidirecional da Ciência vai do observador para o objeto de sua pesquisa, na ingênua crença de que a mente do observador não influi na pesquisa, os sábios orientais já descobriram há séculos este engano e, por isto, ficam imóveis em meditação analisando o pensamento que é a única fonte e origem de tudo o que existe. A nossa incompreensão e ignorância costuma ridicularizá-los classificando-os de ociosos que ficam olhando para o próprio umbigo sem nada produzir de útil. O comportamento destes sábios nada mais é do que seguir o antiqüíssimo preceito: Conheça a ti mesmo que as portas do Infinito se abrirão para ti. Sócrates e outros filósofos já citavam este preceito em seus escritos. Mas, como dissemos tudo evolui, assim já se admite hoje, na moderna Física Atômica o Princípio da Incerteza, enunciado por Heisenberg, que afirma que não podemos definir com exatidão as propriedades de um fenômeno pois é impossível afastar a interação do objeto com o observador.

    Em apoio ao que escrevemos acima Ubaldi afirma: Os imóveis sábios orientais, reclusos nos conventos do Tibete, podem bem olhar com piedade para a nossa vertiginosa sociedade, que em cima do edifício das suas conquistas vê apresentar-se o suicídio atômico. E no entanto a corrida do "tempo é dinheiro", é a sua punição. A presença do nosso erro é revelada pela nossa ansiedade. Quem encontrou, não procura. O tormento e a pressa são índices de vácuo interior, de fome de espírito, de ameaçadoras carências. As mais altas verdades satisfazem a fundo, a sua compreensão dá calma, o que é índice seguro para reconhecê-las. Encontramo-nos, ao contrário, num redemoinho de filosofias, de relativas interpretações da vida. Os seus princípios fundamentais entretanto não mudam e são eternamente idênticos aos da busca vã de soluções e da sua vã procura. A contínua necessidade de novidades é a primeira característica da nossa posição periférica e relativa. Todavia, o homem atual deve viver e percorrer a sua fase biológica. Que outra coisa podemos hoje esperar dele? Chegará, no tempo próprio. Cada coisa está sempre perfeitamente em seu lugar. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro)

    Creio que você após ler os textos que reproduzo abaixo e pela leitura atenta dos capítulos 34 e 35 d'A Grande Sintese você concluirá que no fundo que este artigo é apenas uma busca de notoriedade às custas a ignorância das grandes massas que nada entendem da Teoria da Relatividade. Num mundo de informações globalizadas, enfocadas preponderantemente no marketing comercial, quem não tem mercadoria tangível para vender, procura vender, então, a mercadoria virtual de sua imagem como a de um sábio que conseguiu superar em conhecimento àquele que é na opinião geral o maior de todos os cientistas. Na entrevista que concedeu a TV (Globo News) ele emprega fórmulas de alta matemática - cuja compreeensão é inatingivel para o comum dos mortais - para demonstrar a sua teoria. Mas, se lembrarmos que a matemática é apenas uma ferramenta conceitual e como qualquer ferramenta pode ser usada conforme o desejo de quem a usa, assim, por analogia, podemos dizer que um martelo tanto serve para pregar um prego como para quebrar a cabeça de alguém (no caso, simbolicamente, a reputação de Einstein).

    As grandes verdades e descobertas surgem de maneira singela e em livros que pouquíssimos lêem como é o caso dos livros de Ubaldi. A este respeito encontrei no livro Caminho de autoria de Francisco C. Xavier/Emmanuel a seguinte passagem: Não aparece Jesus em decretos sensacionais, em troféus revolucionários ou em situações de domínio. Chega em paz à manjedoura simples, exemplifica o trabalho, conversa com alguns homens obscuros de uma aldeola singela e, só com isso, prepara a transformação da Humanidade inteira. E este foi o maior revolucionário de todos os tempos, suas idéias estão vivas e atuantes mas, devido a mentalidade prevalecente na nossa época,"se Cristo aparecesse hoje na terra, sem nenhum apanágio terreno, talvez ninguém o percebesse". (P. Ubaldi – Evolução e Evangelho)

    abraços,

Resposta a Rita

Comentários e Observações sobre o Cap. 34 de A Grande Síntese

QUARTA DIMENSÃO E RELATIVIDADE

     No primeiro parágrafo deste capítulo, Ubaldi desfaz a crença errônea de que poderia existir uma quarta dimensão em seguida as três dimensões espaciais, situada também no espaço. Acreditou-se que a realidade dimensional poderia se estruturar numa geometria de quatro, cinco ou mais dimensões, ou seja, o espaço Riemanniano criado pelo matemático alemão Friedrich Bernhard Riemann (1826-1866), Segundo Ubaldi trata-se de uma pseudogeometria, mera construção abstrata, com formas inimagináveis e inexprimíveis na realidade geométrica, pois o universo de individualiza por unidades trinas. Assim, é necessário compreender que a quarta dimensão não é espacial.

    Como tudo é trino no Universo, a trindade da dimensão espacial é seguida pela trindade da dimensão conceitual, onde o tempo representa a primeira dimensão. Para melhor compreender este conceito sobre as dimensões é bom recordar que tudo no universo é individualizado, Qualquer coisa, seja ela material, energética ou conceitual, se individua de forma tríplice, isto é, não existe individuação estruturada com quatro, cinco ou mais fases, embora cada indivíduo possa fazer parte organicamente de uma individuação maior que também tem estrutura trina.

    Há, portanto, um transformismo evolutivo qualitativo no surgimento da 4ª dimensão e não um simples acréscimo numa hipotética e inimaginável direção espacial. Ampliando a concepção de Universo a 4 dimensões de Einstein, Ubaldi introduz o conceito da evolução das dimensões e demonstra a existência de uma 5ª dimensão no nosso universo: a consciência. Esta nova idéia alarga nossa visão sobre os princípios que ordenam o universo. Não mais um conjunto estático de dimensões mas um progressivo transformismo dimensional.

    No diagrama da figura 2 do capítulo 22 vimos que cada fase tem sua dimensão própria, assim cada faixa horizontal do gráfico representa uma dimensão diferente das outras. Como existem infinitas fases (variam de -¥ a +¥) existirão infinitas dimensões no universo. Podemos ver no gráfico que no caso do nosso universo (Criação C) as dimensões são:
fase
g Þ dimensão espacial completa (linha, superfície, volume)
fase
b Þ 1ª dimensão conceptual (Tempo)
fase
a Þ 2ª dimensão conceptual (Consciência)
É importante ter em vista que a Criação C não se trata de um Universo a cinco dimensões pois, a dimensão de
g embora formada evolutivamente por três etapas, na realidade só podemos separá-las abstratamente na nossa imaginação, pois, no nosso Universo físico, não existem objetos absolutamente planos ou lineares. Todas as coisas por menores que sejam sempre terão uma dimensão volumétrica. Desta maneira, o nosso Universo é trino nas suas dimensões.

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    Para compreender os conceitos apresentados neste capítulo é necessário que recordemos alguns postulados da Teoria da Relatividade Restrita:

1º - A velocidade da luz tem sempre o mesmo valor (300.000 km/s no vácuo) em relação a todo observador, isto é, a luz tem a característica de apresentar a mesma velocidade quando corrermos ao seu encontro ou quando fugirmos dela. Em outras palavras, a velocidade da luz é independente do movimento do referencial e sua velocidade relativa é a mesma em todas as direções.

2º - Para observadores situados em referenciais diferentes em movimento um em relação ao outro, com velocidade próxima a da luz, um fato visto por um dos observadores não será visto pelo outro no mesmo instante, ou seja, não haverá simultaneidade na ocorrência para os dois observadores. Um exemplo clássico esclarecerá a questão: Suponhamos que um observador situado na Terra observe a aproximação de um foguete que tem a velocidade de 240.000 km/s em relação a Terra. Se o astronauta acender uma lâmpada no centro do foguete ele verá o sinal luminoso chegar ao mesmo tempo na parede da frente e na de trás. Mas, para o observador situado na Terra a luz chegaria primeiro na parede de trás e somente alguns instantes depois o sinal luminoso alcançaria a parede da frente. Pode-se concluir, então, que os relógios dos dois personagens ficam defasados um em relação ao outro. O relógio do astronauta estará atrasado em relação ao observador terrestre, pois os intervalos de tempo decorridos são diferentes, o que demonstra a relatividade do tempo.

    3º - Suponhamos que no vagão da figura abaixo seja acesa uma lâmpada colocada no piso do vagão, o raio luminoso será, então, refletido de volta por um espelho situado no teto. Para um observador situado no interior do vagão a luz percorrerá uma distância igual a 2EF=2h (h=altura do vagão). Considerando que o vagão está se deslocando com uma velocidade de 240.000 km/s, um observador situado na plataforma da estação verá o raio luminoso fazendo o percurso AB + BC. A luz tem a mesma velocidade (300.000 km/s) para ambos os observadores e a distância 2EF é menor que (AB + BC). Imaginemos, como ilustração, que a luz leva 6 segundos para fazer o percurso 2EF e 10 segundos no trajeto AB + BC
Para o observador que está na plataforma o trem percorrerá 10s X 240.000 km/s = 2.400.000 km
Para o observador que está no trem a distância será 6s X 240.000 km/s = 1.440.000 km
Este fato revela mais um postulado da Teoria da Relatividade Restrita: Todos os corpos em movimento contraem-se na direção do seu movimento.

relatividade

    Tendo em vista os conceitos relativísticos acima, podemos agora compreender a seguinte afirmação de Ubaldi: Não tendes um tempo e um espaço em sentido absoluto, isto é, que existem por si mesmos, independentes das unidades que os ocupam; mas eles são determinados por elas e a elas relativos. Ubaldi vai além e estende o conceito de relatividade a todos os fenômenos que ocorrem no nosso universo. Tudo é relativo, mesmo os fenômenos de ordem abstrata ou moral.

    Tomamos nosso consciente como padrão de medida e acreditamos ter encontrado as leis invariáveis e absolutas que regem a ciência. Mas é a própria ciência que se encarrega de derrubar nossa ilusão, modificando o que parecia estar firmemente estabelecido. Um exemplo destas mudanças é o da idéia que fazíamos sobre a solidez da matéria. Hoje, sabemos que a matéria é um puro campo eletromagnético, essas ondas não têm necessidade de se apoiarem em nenhum substrato material, sendo concebidas somente como modificações periódicas. A tudo isto não se sabe mais dar qualquer significado físico real, mas somente o lógico de representar a probabilidade matemática em que o elétron se encontre, naquele instante, naquele determinado ponto do espaço. A solidez do mundo físico é, pois, toda sensória, e se reduz a algo que está bem distante da realidade física, isto é, a uma probabilidade matemática. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro)

    Muitas coisas estão além da nossa compreensão em virtude das limitações de nossa mente, mas a evolução nos levará ao superconsciente, sede da capacidade intuitiva que ampliará o nosso conhecimento da realidade e transformará a ciência racional de hoje em uma ciência guiada pela faculdade da intuição.

    Pedro Orlando Ribeiro
    

Resposta a Rita

Comentários e Observações sobre o Cap. 35 de A Grande Síntese

A EVOLUÇÃO DAS DIMENSÕES E A LEI DOS LIMITES DIMENSIONAIS

     Como vivemos num universo relativo só percebemos as coisas pelo contraste. E não poderia ser de outra forma já que vivemos sob a influencia da Lei da Dualidade. A própria lógica racional que guia nossas pesquisas é baseada no confronto entre dois opostos conforme nos demonstra a dialética. A própia linguagem que empregamos para descrever qualquer fenômeno é estruturada desta forma. Por exemplo, as expressões comparativas como maior e menor, alto e baixo, antes e depois etc. revelam a relatividade de nossos pontos de vistas. O nosso entendimento sobre o mundo está vinculado a um referencial e nunca à sua substância íntima.

     Ubaldi estendeu o conceito de relatividade de forma a abranger a totalidade fenomênica do nosso universo. Assim, ele foi além da relatividade tempo-espacial einsteniana, mostrando que a verdade também é relativa em qualquer campo. Quando pensamos ter alcançado a última verdade, absoluta, imóvel, é preciso lembrar que vivemos num universo em constante transformação. Somos regidos obrigatoriamente pela Lei da Evolução, não somente no mundo exterior percebido pelos nossos sentidos, mas também na nossa consciência interior. Desta forma a nossa mente evolui sob o compasso deste ininterrupto transformismo e portanto, as "verdades absolutas", que somos depositários, têm a sua aparente solidez abalada pela marcha evolutiva. Descobrimos, então, que aquelas verdades eram apenas relativas àquele nível evolutivo da nossa consciência.

    Vemos agora que não são apenas as dimensões físicas (espaço e tempo) que são relativas, mas também a dimensão consciência que "mede" o nosso conhecimento da realidade. O nosso universo é referenciado por estas dimensões (espaço, tempo e consciência) e por conseguinte, persiste uma relatividade universal em todas classes de fenômenos, sejam eles abstratos ou materiais. Assim, o nosso entendimento do mundo será sempre relativo (embora progressivo) pois a nossa mente, que é produto da vida, não pode conter elementos de juízo e unidade de medida que ultrapassem os limites destas dimensões.

    Mas, como tudo evolui não poderíamos deixar de concluir que as dimensões do universo também evoluem, isto é, se transformam em outros tipos de dimensões. Vemos com clareza, no fenômeno da radioataividade, que pela desintegração da matéria a dimensão espaço que lhe é relativa, se torna tempo. O tempo é a dimensão que mede o fluxo da energia que é a nova fase assumida pela substância. Da mesma forma, veremos em capítulos posteriores a descrição de outra transformação de fases, a da energia em psiquismo, onde a dimensão tempo muda para a dimensão consciência.

    Como cada universo é trifásico, a substância dos fenômenos do nosso universo se apresenta em três aspectos: "1º como formas; 2º como fases; 3º como princípio ou lei. Esses três aspectos são as três dimensões da trindade da substância. Unidade trina, a três dimensões. (P. Ubaldi – A Grande Síntese)". O homem também, como o nosso Universo, é formado de três elementos: matéria, energia e espírito, assim, a sua unidade trina faz com que surja uma nova concepção de infinito. O que é ilimitado para uma dada dimensão não o é para a dimensão superior. A dimensão que marca um determinado estado do ser (matéria, energia, pensamento) tem caráter de infinitude para este nível evolutivo. O homem pela sua natureza material sente a infinitude do espaço mas, sua natureza espiritual supera conceitualmente este limite.

    O conceito de espaço infinito só existe dentro deste restrito modo de ver as coisas. Se olharmos para o universo sob o ponto de vista da evolução das dimensões podemos superar os limites estabelecidos por uma dada dimensão. Desta forma podemos superar a nossa incapacidade de percorrer materialmente o infinito do espaço através da nossa compreensão do que seja o universo físico. Pode-se percorrer o espaço de "outra forma", isto é, mentalmente. Como seres materiais somos limitados pelo determinismo da matéria, mas como seres espirituais superamos estes limites. É preciso entender que esta superação se dá em forma qualitativa através da conquista de uma consciência cada vez mais ampla e não simplesmente suplantando estes limites em direção espacial.

    A fase matéria do ser humano como já está praticamente estabilizada e não está mais em formação, marca profundamente com seus instintos atávicos a nossa maneira de sentir, pensar e conceber. O nosso consciente é produto novíssimo da evolução e ainda está em fase inicial de formação e, portanto, ainda não totalmente livre dos limites materiais. É por isso que não podemos percorrer materialmente a infinitude dos espaço mas podemos em contrapartida compreendê-lo, embora ainda de maneira imperfeita.

     Com a evolução do consciente racional para um consciente intuitivo sintético estes limites desaparecerão definitivamente. Destarte, surgirão outros limites compatíveis com esta nova dimensão: a intuitivo-sintética, que marca outro universo, que também é trino e supera evolutivamente o nosso. Existem infinitos universos porque infinita é a evolução e infinito é Deus.

    Ubaldi conclui o capítulo enunciando a Lei dos limites dimensionais que sintetiza os conceitos sobre a evolução das dimensões:

    
" Os limites de uma dimensão são dados pelos limites da fase de que ela é a unidade de medida; eles encontram-se no ponto em que, por evolução, passa-se de uma fase a outra, isto é, onde ocorre a transformação de uma fase e de sua dimensão na fase e dimensão sucessiva".

    Pedro Orlando Ribeiro