Mensagem Original
Boa tarde a todos do grupo!
Esta é a minha primeira mensagem neste grupo e espero que consigamos
aprender cada vez mais. Estou tentando ler a um certo tempo o
livro " A Grande Síntese" , que apareceu para mim de uma forma
inesperada. Ao ler a passagem referente ao ciclo aberto de evolução
no universo ao " contrário " do ciclo fechado , deparei-me com o
primeiro grande não entendimento do pensamento de ubaldi.
1) como entender o esquema mostrado com os ciclos w1/w2/w3 etc (?)
dentro do contexto anteriormente mostrado no ciclo fechado :
alpha ,beta, gama ?
2) O que são os quatro ciclos narrados no livro:
a) ... -y -> -x -> gama -> -x
b) - x -> gama -> beta -> gama
c) gama -> beta -> alpha -> beta
d) beta ->alpha -> + x ->alpha ... ?
Acho que são dúvidas fundamentais para que possa entender o
pensamento de Ubaldi.
desde já agradeço a contribuição
Resposta
Prezado amigo,
A
fórmula do ciclo
fechado a ® b ® g ® b ® a não
pode ser a representação
completa de todos os fenômenos que ocorrem no Universo. Esta é uma fórmula
apenas aproximada, relativa ao nosso universo perceptível, empregada
didaticamente por Ubaldi como um primeiro degrau de uma concepção muito mais
vasta. Se o ciclo involutivo-evolutivo fosse realmente fechado seria como um
caminhar sem sair do lugar, não haveria o progresso, não teria se desenvolvido a
civilização. Ainda estaríamos vivendo em cavernas repetindo ad eternum
o mesmo ciclo. Apesar do aparente caótico entrechoque de forças e
interesses opostos, que no momento histórico chegam próximo ao ponto de destruir
a completamente a civilização, vemos o ressurgir das forças construtivas com
redobrado vigor. Há, portanto, a médio e a longo prazo, uma preponderância das
forças evolutivas sobre as forças involutivas, indicando que o ciclo não é
fechado, embora os movimentos fenomênicos retornem sobre si mesmos. As figuras
abaixo esclarecem a questão.
|
→
|
|
É necessário observar na figura do ciclo
aberto que as letras (g
,
b
,
a
, +x, +y) representam os
vértices de cada fase e as setas
®
indicam as transformações de
uma fase em outra. Assim no primeiro ciclo
w1 e na passagem para o segundo
ciclo
w2 as transformações g ® b ® a
® b ® a na
realidade acontecem da seguinte
forma: g ® b ® a ®
(-a)
®
(-b
) ® b ® a
. As fases (-a) e (
-b)
não são representadas no gráfico porque não há transposição de fase entre
a e (-a
) e nem entre (-b
) e b . O Sinal
negativo indica que a fase está sendo percorrida em
sentido contrário, isto é, em
direção involutiva.
Desta forma a tabela
dos ciclos construida por Ubaldi:
A fórmula do ciclo aberto
estende-se também para o negativo que é dada pela seguinte expressão:
|
1º ciclo |
... -y |
→ |
-x |
→
|
g |
→ |
-x |
2º ciclo | -x |
→ |
g |
→ |
b
| → |
g
|
3º ciclo | g
|
→ | b
|
→
| a | → | b
|
4º ciclo | b
| → | a
| → | +x | → | a
|
5º ciclo | a
| → | +x |
→
| +y | → | +x ... |
|
pode ser vista da seguinte forma:
¯
>
As
fases em direção involutiva |
1º ciclo |
... -y |
→ |
-x |
→ |
g |
→ |
(-g
) |
→ |
[-(-x)] |
→ |
-x |
2º ciclo |
-x |
→ |
g |
→
|
b |
→ |
(-b
) |
→ |
(-
g) |
→ |
g |
3º ciclo |
→ g |
→
| b |
→ |
a |
→ |
(-a) |
→ |
(-b) |
→ |
b |
4º ciclo |
b |
→
|
a |
→ |
+x |
→ |
[-(+x)] |
→ |
(-a)
|
→ |
a |
5º ciclo |
a |
→
|
(+x) |
→ |
+y |
→ |
[-(+y)] |
→ |
[-(+x)] | → | +x ... | |
Estes ciclos sucessivos são
visualizados e compreendidos com mais facilidade pelo famoso diagrama da linha
quebrada (fig. 2 d'A Grande Síntese)
® | |
Se olharmos com atenção para a
tabela construida por Ubaldi notamos que há duas transformações evolutivas
seguidas por uma transformação involutiva. Como exemplo prático consideremos o
3º ciclo: g ® b ® a ® b, as setas
®
indicam que há duas
transformações evolutivas: de g para b e de b
para
a e uma
transformação involutiva de (-a) para (-b). Este fato nos revela que há
uma pulsação na razão de dois para um (2:1) que é o ritmo interno
de cada ciclo do fenômeno considerado.
No diagrama da
fig. 2 é evidente estes avanços e retornos ao se observar o andamento da linha
quebrada. As letras a, b, c, d etc. representam universos sucessivos que
Ubaldi chamou de criações. Consideremos em separado a criação C
que representa o nosso universo perceptível
|
1º) O segmento AD representa o trecho evolutivo.
2º) O
segmento DF representa o trecho involutivo. 3º) Os pontos B e
C são as transformações evolutivas e o ponto E é a transformação
involutiva. Os pontos B, C e E fazem o mesmo papel das
setas na tabela. 4º) AB = g 5º) BC =
b
6º) CD = a 7º)
DE = (-a) 8º) EF = (-b
) É preciso ter em mente que no gráfico
do ciclo aberto e na tabela as fases são vértices (pontos) e as setas
transformações. No diagrama da linha quebrada, por sua vez, as fases são faixas
e as transformações são pontos. O ponto D não é
uma transformação de fase. É um ponto em que uma fase atinge o seu máximo e começa
a regredir tomando a direção contrária. No exemplo: a
e (-a
) |
O diagrama da linha quebrada é a
representação gráfica da fórmula que rege o aspecto conceitual (lei) do
dinamismo evolutivo:
D= -¥
..... -y ® -x ® g ® -x ® g ® b ® g ® b
® a ® b ®a ® +x
® a ... +¥
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Pedro
Orlando Ribeiro
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