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Ciclos Abertos

Pedro Orlando Ribeiro

Mensagem Original

    Boa tarde a todos do grupo!

    Esta é a minha primeira mensagem neste grupo e espero que consigamos aprender cada vez mais. Estou tentando ler a um certo tempo o livro " A Grande Síntese" , que apareceu para mim de uma forma inesperada. Ao ler a passagem referente ao ciclo aberto de evolução no universo ao " contrário " do ciclo fechado , deparei-me com o primeiro grande não entendimento do pensamento de ubaldi.

     1) como entender o esquema mostrado com os ciclos w1/w2/w3 etc (?) dentro do contexto anteriormente mostrado no ciclo fechado : alpha ,beta, gama ?

    2) O que são os quatro ciclos narrados no livro:

a) ... -y -> -x -> gama -> -x
b) - x -> gama -> beta -> gama
c) gama -> beta -> alpha -> beta
d) beta ->alpha -> + x ->alpha ... ?

     Acho que são dúvidas fundamentais para que possa entender o pensamento de Ubaldi.

     desde já agradeço a contribuição

Resposta

     Prezado amigo,

  A fórmula do ciclo fechado a ® b ® g ® b ® a não pode ser a representação completa de todos os fenômenos que ocorrem no Universo. Esta é uma fórmula apenas aproximada, relativa ao nosso universo perceptível, empregada didaticamente por Ubaldi como um primeiro degrau de uma concepção muito mais vasta. Se o ciclo involutivo-evolutivo fosse realmente fechado seria como um caminhar sem sair do lugar, não haveria o progresso, não teria se desenvolvido a civilização. Ainda estaríamos vivendo em cavernas repetindo ad eternum o mesmo ciclo. Apesar do aparente caótico entrechoque de forças e interesses opostos, que no momento histórico chegam próximo ao ponto de destruir a completamente a civilização, vemos o ressurgir das forças construtivas com redobrado vigor. Há, portanto, a médio e a longo prazo, uma preponderância das forças evolutivas sobre as forças involutivas, indicando que o ciclo não é fechado, embora os movimentos fenomênicos retornem sobre si mesmos. As figuras abaixo esclarecem a questão.

gscap9-1.gif

  

gscap23-1.gif

  É necessário observar na figura do ciclo aberto que as letras (g , b , a , +x, +y) representam os vértices de cada fase e as setas ® indicam as transformações de uma fase em outra. Assim no primeiro ciclo w1 e na passagem para o segundo ciclo w2 as transformações g ® b ® a ® b ® a na realidade acontecem da seguinte forma: g ® b ® a ® (-a) ® (-b ) ® b ® a . As fases (-a) e ( -b) não são representadas no gráfico porque não há transposição de fase entre a e (-a ) e nem entre (-b ) e b . O Sinal negativo indica que a fase está sendo percorrida em sentido contrário, isto é, em direção involutiva.

   Desta forma a tabela dos ciclos construida por Ubaldi:

A fórmula do ciclo aberto estende-se também para o
negativo que é dada pela seguinte expressão:

 

1º ciclo ... -y    -x    g       -x
2º ciclo   -x     g    b        g
3º ciclo    g    b    a      b
4º ciclo    b    a   +x       a
5º ciclo    a   +x    +y      +x ...

   pode ser vista da seguinte forma:

¯

>

As fases em direção involutiva
 

1º ciclo ... -y     -x     g     (-g ) [-(-x)]    -x
2º ciclo   -x    g    b    (-b ) (- g)    g
3º ciclo  g    b    a    (-a) (-b)    b
4º ciclo   b    a    +x    [-(+x)] (-a)    a
5º ciclo   a    (+x)    +y    [-(+y)] [-(+x)]  +x ...

   Estes ciclos sucessivos são visualizados e compreendidos com mais facilidade pelo famoso diagrama da linha quebrada (fig. 2 d'A Grande Síntese)

®
linqueb.gif

   Se olharmos com atenção para a tabela construida por Ubaldi notamos que há duas transformações evolutivas seguidas por uma transformação involutiva. Como exemplo prático consideremos o 3º ciclo: g ® b ® a ® b, as setas ® indicam que há duas transformações evolutivas: de g para b e de b para a e uma transformação involutiva de (-a) para (-b). Este fato nos revela que há uma pulsação na razão de dois para um (2:1) que é o ritmo interno de cada ciclo do fenômeno considerado.

   No diagrama da fig. 2 é evidente estes avanços e retornos ao se observar o andamento da linha quebrada. As letras a, b, c, d etc. representam universos sucessivos que Ubaldi chamou de criações. Consideremos em separado a criação C que representa o nosso universo perceptível

detalhe1.jpg

1º) O segmento AD representa o trecho evolutivo.
2º) O segmento DF representa o trecho involutivo.
3º) Os pontos B e C são as transformações evolutivas e o ponto E é a transformação involutiva. Os pontos B, C e E fazem o mesmo papel das setas na tabela.
4º) AB = g
5º) BC = b
6º) CD = a
7º) DE = (-a)
8º) EF = (-b )
É preciso ter em mente que no gráfico do ciclo aberto e na tabela as fases são vértices (pontos) e as setas transformações. No diagrama da linha quebrada, por sua vez, as fases são faixas e as transformações são pontos.
O ponto D não é uma transformação de fase. É um ponto em que uma fase atinge o seu máximo e começa a regredir tomando a direção contrária. No exemplo: a e (-a )

  O diagrama da linha quebrada é a representação gráfica da fórmula que rege o aspecto conceitual (lei) do dinamismo evolutivo:

  D= -¥ ..... -y ® -x ® g ® -x ® g ® b ® g ® b ® a ® b ®a ® +x ® a ... +¥

    Pedro Orlando Ribeiro

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